O nome tem origem no navio Padre Eterno, construído em estaleiro montado na região. Para demonstrar que as madeiras tropicais eram excelentes para a construção naval, o governador Salvador Correia de Sá e Benevides deu início, em 1659, à construção daquele que seria o maior navio do mundo: o galeão Padre Eterno.
O local do estaleiro ficou conhecido como Ponta do Galeão. Ali mandou reunir grandes toras de madeira, oriundas principalmente das matas da Ilha Grande, distante quase 100 km, no litoral sul da capitania, fazendo vir da Europa os técnicos para orientar os carpinteiros indígenas.
Quatro anos mais tarde, no Natal de 1663, foi lançada ao mar a embarcação.
Dotado de duas cobertas armadas de canhões, o Padre Eterno tinha 53 metros de comprimento - algo extraordinário para a época - e capacidade para o transporte de duas mil toneladas de carga, e era dotado de duas cobertas, com capacidade para 140 peças de artilharia, armamento que superava o de muitas fortalezas coloniais à época. As madeiras e o seu projeto tornavam-no leve e resistente, além de fácil de ser manobrado. O seu mastro principal era feito de um único tronco, com quase três metros de circunferência na base.
Em 1665, fez sua primeira viagem atravessando o Atlântico e aportando em Lisboa, onde despertou a atenção dos governantes portugueses e também dos espiões estrangeiros.
Este prodígio da construção naval portuguesa viria a naufragar nas águas do Oceano Índico, alguns anos mais tarde.
No século XVIII, a parte ocidental da Ilha do Governador foi doada aos beneditinos, que ali implantaram a Fazenda de São Bento. Em 1811, D. João VI escolhe a área como campo de caça e cria, por decreto, a Coutada Real. Com o advento da República, é declarada de utilidade pública a área que vai até os limites das fazendas de São Bento e Santa Cruz.
Em 1948, quase 30 anos após a instalação da aviação naval na região, o ministro Salgado Filho deu novas dimensões à Base do Galeão, projetando a ponte que ligaria a Ilha à Avenida Brasil. Em 1952, entra em operação o Aeroporto do Galeão, com novo local para embarque e desembarque. Em 1977, foi inaugurado o atual Terminal 1 de passageiros e, em 1999, o Terminal 2. Aliás, em 5 de janeiro de 1999, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado para Antônio Carlos Jobim, que, aliás, tem CEP próprio: 21941-900.
O uso residencial do bairro do Galeão hoje se restringe às vilas oficiais dos militares e às comunidades da Vila Juaniza ou Barbante (surgida em 1984), do Carico e da Águia Dourada (de 1994). O restante é ocupado por instalações militares e grande reserva florestal pertencente à Aeronáutica. As principais vias do bairro são a Estrada do Galeão, a Estrada das Canárias e a Avenida Braz Crispino.
A denominação, delimitação e codificação do bairro foi estabelecida pelo Decreto nº 3.158, de 23 de julho de 1981, com alterações do Decreto nº 5.280, de 23 de agosto de 1985.
Fonte: Wikipedia, Correios, Rotary Ilha e Rio Geo
Mapa: Rio Geo
Gravura: http://alernavios.blogspot.com.br/2010/07/padre-eterno.html