Morro de São Bento (Galeão)

(ou Morro do Barbante ou ainda Vila Juaniza)


São Bento de Núrsia (Benedito da Nórcia; em italiano, Benedetto de Norcia) nasceu em cerca de 480 e faleceu na Abadia do Monte Cassino, por volta do ano de 547.
Foi um monge italiano, fundador da Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Era irmão gêmeo de santa Escolástica. Designado patrono da Europa pelo papa Paulo VI em 1964, sendo também patrono da Alemanha. Foi o fundador da Abadia do Monte Cassino, na Itália, destruída durante a II Guerra Mundial e posteriormente restaurada. É celebrado a 11 de julho, data em que suas relíquias foram trasladadas para a Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire.
São Bento foi filho de um nobre romano, tendo realizado os primeiros estudos na região de Núrsia (próximo à cidade italiana de Espoleto). Mais tarde, foi enviado a Roma para estudar Retórica e Filosofia, mas, tendo se decepcionado com a decadência moral da cidade, abandona logo a capital e se retira para Enfide (atual Affile),no ano 500. Ajudado por um abade da região chamado Romano, instalou-se em uma gruta de difícil acesso, a fim de viver como eremita. Depois de três anos nesse lugar, dedicando-se à oração e ao sacrifício, foi descoberto por alguns pastores, que divulgaram a fama de santidade. A partir de então, foi visitado constantemente por pessoas que buscavam conselhos e direção espiritual.
É então eleito abade de um mosteiro em Vicovaro, no norte da Itália.
Em 503, recebe grande quantidade de discípulos e funda 12 pequenos mosteiros.
Em 534, começa a escrever a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros). Morre em 21 de março de 547, tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia falecido em 10 de fevereiro do mesmo ano.
De acordo com a tradição, são Bento de Núrsia foi santificado por ter vencido duas ciladas armadas pelo diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de pão, também envenenado.
No século XVIII, a parte ocidental da Ilha do Governador foi doada aos monges beneditinos, que ali implantaram a Fazenda de São Bento.
Os beneditinos traçaram um novo rumo histórico para a Ilha: além dos engenhos de cana-de-açúcar, existiam ali criações de aves e porcos, uma agricultura de subsistência - o cultivo de verduras e frutas - e outras atividades já praticadas pelos índios, como o plantio de milho, mandioca e inhame, além da pesca, abundante na Baía.
No século XVII, a Ilha, prossegue em escala contínua e na mesma atividade, porém agora com a contribuição da mão de obra escrava.
O movimento de embarcações para o transporte das mercadorias entre a Ilha e a Cidade se intensifica. E, o século XVIII fica caracterizado pela forte presença dos beneditinos na economia da Ilha, fato que favorece a ocupação e adensamento populacional. Ainda encontram-se vestígios históricos dessas presenças nas terras da Aeronáutica.
Em 1808, com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil, acompanhados por uma comitiva de aproximadamente 11 mil pessoas, a cidade passa por uma grande transformação. A chegada do príncipe eleva o Brasil à condição de reino, e a cidade se prepara para ser a sede do Império Português.
A Ilha do Governador passa a funcionar como um centro de abastecimento da nova capital dos dois reinos, Portugal e Brasil. Em 1811, D. João VI escolhe a área como campo de caça e cria, por decreto, a Coutada Real. Com o advento da República, é declarada de utilidade pública a área que vai até os limites das fazendas de São Bento e Santa Cruz.
Em 1821, a população da Ilha alcança 1.695 habitantes, havendo um grande número de propriedades na zona dos beneditinos.
O acidente geográfico é conhecido também como Morro do Barbante, pois era a maneira de se marcar os terrenos da comunidade (Vila Juaniza) que ali se instalou.

Fonte: Guia Rex, Wikipedia, Rio Geo e Biblioteca Nacional
Imagem: "Cabeça de São Bento", de Fra Angelico (cerca de 1395-1455)/Wikipedia (CC)
Foto: www.jcpapelaria.com.br

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