Rua Fernandes da Fonseca (Ribeira) - CEP: 21930-100


A rua dá nome a uma família de peso na Ribeira do século XIX e início do XX.
O bairro, até meados do século XIX era parte da fazenda de Bernardo José Serrão, que após ser desmembrada, teve parte de seus terrenos adquiridos pelo português Joaquim Fernandes da Fonseca (reprodução), conhecido por Aguaceiro, apelido que recebeu por transportar água (em barcaças) para a Ilha do Governador.
A sede de sua fazenda, ainda de pé, fica aos pés do Morro do Cabaceiro.
Em 1914, surgiram os primeiros estabelecimentos da Shell Anglo-Mexican.
A primeira ponte de atracação, que veio substituir àquela localizada no Zumbi, foi construída em 1922, na mesma ocasião em que começaram a circular os bondes, visando à integração com os demais bairros com a Ribeira.
Em abril de 1932, foi assinado um contrato para a construção da Estação Ribeira, que viria a substituir os terminais da Freguesia e do Cocotá.
A nova atracação, feita em terreno doado por José Gomes Leite Martins e seu cunhado Horácio Fernandes da Fonseca, recebeu posteriormente o nome de Dr. Luiz Paixão.
Em planta da Secretaria Municipal de Urbanismo de 1934 do loteamento da Ribeira, do lado direito, há uma anotação sobre a divisão do espólio de Joaquim Fernandes da Fonseca.
Nessa divisão, constam três Fernandes da Fonseca: Horácio, Eurides e Joaquim Fernandes da Fonseca Filho.
A igreja da Sagrada Família foi construída em parte das terras dos Fernandes da Fonseca, doadas em 1910.
Foi da família o aluno do Colégio Militar, Horácio Antônio da Fonseca Lucas (1939-1954), falecido devido a ferimento recebido com um compasso durante confronto com alunos da Escola Técnica Nacional (atual Cefet). O féretro saiu do Hospital Central do Exército (HCE) para o cemitério da Cacuia, onde está sepultado.

Agradecimentos ao Prof. Jaime Moraes, por parte das informações; e a Liliane Edmundo, pelo envio do quadro, em foto de Fernando Barbosa, da Biblioteca Euclides da Cunha
Fonte: Fotoclone Ilha do Governador

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