Cantor, João Dias Rodrigues Filho nasceu em Campinas (SP) em 12 de outubro de 1927.
Participou durante muitos anos da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais (Socimpro), tornando-se ativo líder dos direitos dos compositores e intérpretes.
Em 1948, João Dias começou a carreira artística atuando na Rádio São Paulo. Em 1949 passou a cantar na Rádio Bandeirantes. Em 1950 apresentava-se na Boate Cairo em São Paulo quando foi visto por Francisco Alves, que o levou para o Rio de Janeiro e de quem foi grande amigo.
Considerado seu "herdeiro", ficou conhecido também com o slogan de "Príncipe da Voz".
Em 1951, estreou em disco gravando na Odeon a valsa "Canta Maria", de Ary Barroso e a canção "Guacira", de Hekel Tavares e Joracy Camargo. Em seguida gravou o bolero "Peço a Deus", de Francisco Alves, e David Nasser. No mesmo ano obteve grande sucesso com as canções "Jingle bells", de Pierpont, com versão de Evaldo Rui; e "Fim de ano" ("Adeus, ano velho; Feliz, ano novo, que tudo se realize/no ano que vai nascer"...), de Francisco Alves e David Nasser, presenças obrigatórias nas festas de fim de ano daí em diante. No ano seguinte gravou o bolero "Voltei, voltei", de Joubert de Carvalho e o samba-canção "Santa mulher", de Jair Maia e Felisberto Martins. No mesmo ano estreou o programa "Audição João Dias", apresentado semanalmente na Rádio e na Tv Tupi. Em 1953 obteve sucesso canavalesco com a marcha "Grande Caruso", de Osvaldo Guilherme e Augusto Duarte Ribeiro. Gravou ainda o samba "Silêncio do cantor", de Joubert de Carvalho e David Nasser, homenagem ao cantor Francisco Alves, falecido no final do ano anterior. No mesmo período foi contratado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, onde passou a apresentar um programa dominical.
Gravou ainda na mesma época a valsa "Luzes da ribalta", versão de João de Barro e Antônio Almeida para a composição original de Charles Chaplin para o filme do mesmo nome. Em 1954 gravou a marcha "Botão de rosa" de Denis Brean e Osvaldo Guilherme, a valsa "Vaya com Dios", de Russel, James e Pepper, com versão de Joubert de Carvalho e os baiões "Noite de São João" e "Ninguém fica em casa hoje", ambos da dupla Haroldo Lobo e David Nasser, além de outras músicas. No mesmo ano gravou em dueto com a cantora Edith Falcão a canção "A doce canção de Natal", de Altir Gonçalves e Sivan Castelo Neto e a valsa "O velhinho", de Otávio Filho.
Em 1955, passou para a gravadora Copacabana, onde estreou cantando o bolero "Amor cigano", de Mário Mascarenhas e a canção "Separando corações", de Francisco Alves e David Nasser. No ano seguinte, homenageou o Clube do Flamengo gravando o "Hino rubro-negro" e a marcha "Gol do Flamengo", ambos de autoria de Paulo de Magalhães. Em 1957 gravou com sucesso o samba "Caminhando", de Ataulfo Alves. Em 1959 gravou na Columbia a habanera "O milagre da volta", de Fernando César e Armando Cavalcânti, o samba "A última mulher", de Wilson Batista e Jorge de Castro e a toada baião "Margarida", de Lupicínio Rodrigues. Em 1960 relançou o samba "Eterna capital", de Newton Teixeira e David Nasser, em homenagem à cidade do Rio de Janeiro, que naquele ano, deixava de ser capital do país. No mesmo ano voltou a gravar na Odeon interpretando o bolero "Dia e noite", de Fernando César e Tony Vestani e o samba-canção "As horas de tua vida", de Armando Cavancânti. No ano seguinte gravou "Brasil", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral, em dueto com a cantora Dalva de Oliveira.
Em 1962, voltou a gravar em dueto com Dalva de Oliveira, registrando a música "O relicário", de J. Padilha e David Nasser. Lançou ainda os LPs "João Dias", pela Odeon e "Tangos", pela Imperial.
Faleceu no Rio de Janeiro.
Fonte: www.letras.com.br, Wikipedia, com informações do Dicionário Cravo Albim
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