Praça Papai Noel (Moneró) - CEP: 21920-346
[Do francês, Père Noël; literalmente, Pai Natal] 1. Personagem lendária, representada por um velho de barbas brancas e roupas vermelhas que, na noite de Natal, distribui brinquedos e presentes. 2. Indivíduo fantasiado de Papai Noel.
Se com hífen (e minúscula), a definição muda: papai-noel. [De Papai Noel] S.m. Presente de Natal. [Pl.: papais-noéis].
A praça foi revitalizada no final de 1969 e passou por melhorias a pedido de moradores, estudantes e professores da região, sendo inaugurada em 25 de dezembro de 1976, como homenagem a Antonio Rodrigues, na época o Papai Noel Oficial do Brasil. Ao centro da praça encontra-se uma placa em metal, encomendada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) com a imagem, a data e o agradecimento ao chamado "bom velhinho".
Ex-entregador de marmitas, motorista de lotação da linha Muda-Copacabana, afinador de pianos da Escola Nacional de Música, carioca de Vila Isabel, Antonio Rodrigues (1918-1990) começou em 1952, modestamente em uma loja de Copacabana, uma atividade profissional que acabou registrada na Carteira de Identidade do Instituto Félix Pacheco: Papai Noel.
Um dia, decidiu que a melhor maneira de ajudar as crianças seria personificar a lenda e acabou encontrando vaga nas Lojas Americanas do mesmo bairro, com salário de Cr$ 150. Na hora H vestiu a roupa e não resistiu à emoção: o choro e as lágrimas destruíram a maquiagem e ele começou a função uma hora depois do combinado.
Dez dias depois, soube que a Legião Brasileira de Assistência faria uma grande festa no Maracanã. Procurou D. Darcy Vargas, então primeira-dama do país, oferecendo-se para viver o personagem. Assim, em 22 de dezembro de 1952, Papai Noel descia pela primeira vez de helicóptero no estádio cheio de crianças. Nos anos seguintes outros presidentes e primeiras-damas iriam recebê-lo, da tribuna de honra, até que em 1958 o então prefeito do Rio, Francisco Negrão de Lima, lhe concedeu o título oficial da cidade. Em 1959, Juscelino Kubitschek concedeu-lhe o título de Papai Noel Oficial do Brasil. Em 1963, ele ganhou a carteira de identidade número 505520 do Instituto Félix Pacheco, com o título incorporado ao nome.
Foi casado por 53 anos com D. Nailda, teve uma única filha, que morreu logo após nascer. Morador de uma casa amarela na Rua Maxwell 20-B, em Vila Isabel, onde qualquer carta dirigida a Papai Noel era entregue pelos Correios - que sabiam de cor esse endereço - e onde ele mesmo montou um museu com objetos, fotos e reportagens.
Ao longo de 38 anos reuniu milhões de pessoas no Maracanã para assistir à "sua" chegada. Durante 21 anos teve "contrato" com o jornal "O Globo", que organizava o evento.
Agradecimentos ao Prof. Juberto Santos, pelas informações.
Fonte: Novo Dicionário Aurélio, "Ilha Notícias" e https://nossosvizinhosilustres.blogspot.com/2016/12/papai-noel.html
Foto: Antonio Rodrigues, como Papai Noel, em evento no Maracanã (Acervo Digital O Globo)
[Do francês, Père Noël; literalmente, Pai Natal] 1. Personagem lendária, representada por um velho de barbas brancas e roupas vermelhas que, na noite de Natal, distribui brinquedos e presentes. 2. Indivíduo fantasiado de Papai Noel.
Se com hífen (e minúscula), a definição muda: papai-noel. [De Papai Noel] S.m. Presente de Natal. [Pl.: papais-noéis].
A praça foi revitalizada no final de 1969 e passou por melhorias a pedido de moradores, estudantes e professores da região, sendo inaugurada em 25 de dezembro de 1976, como homenagem a Antonio Rodrigues, na época o Papai Noel Oficial do Brasil. Ao centro da praça encontra-se uma placa em metal, encomendada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) com a imagem, a data e o agradecimento ao chamado "bom velhinho".
Ex-entregador de marmitas, motorista de lotação da linha Muda-Copacabana, afinador de pianos da Escola Nacional de Música, carioca de Vila Isabel, Antonio Rodrigues (1918-1990) começou em 1952, modestamente em uma loja de Copacabana, uma atividade profissional que acabou registrada na Carteira de Identidade do Instituto Félix Pacheco: Papai Noel.
Um dia, decidiu que a melhor maneira de ajudar as crianças seria personificar a lenda e acabou encontrando vaga nas Lojas Americanas do mesmo bairro, com salário de Cr$ 150. Na hora H vestiu a roupa e não resistiu à emoção: o choro e as lágrimas destruíram a maquiagem e ele começou a função uma hora depois do combinado.
Dez dias depois, soube que a Legião Brasileira de Assistência faria uma grande festa no Maracanã. Procurou D. Darcy Vargas, então primeira-dama do país, oferecendo-se para viver o personagem. Assim, em 22 de dezembro de 1952, Papai Noel descia pela primeira vez de helicóptero no estádio cheio de crianças. Nos anos seguintes outros presidentes e primeiras-damas iriam recebê-lo, da tribuna de honra, até que em 1958 o então prefeito do Rio, Francisco Negrão de Lima, lhe concedeu o título oficial da cidade. Em 1959, Juscelino Kubitschek concedeu-lhe o título de Papai Noel Oficial do Brasil. Em 1963, ele ganhou a carteira de identidade número 505520 do Instituto Félix Pacheco, com o título incorporado ao nome.
Foi casado por 53 anos com D. Nailda, teve uma única filha, que morreu logo após nascer. Morador de uma casa amarela na Rua Maxwell 20-B, em Vila Isabel, onde qualquer carta dirigida a Papai Noel era entregue pelos Correios - que sabiam de cor esse endereço - e onde ele mesmo montou um museu com objetos, fotos e reportagens.
Ao longo de 38 anos reuniu milhões de pessoas no Maracanã para assistir à "sua" chegada. Durante 21 anos teve "contrato" com o jornal "O Globo", que organizava o evento.
Agradecimentos ao Prof. Juberto Santos, pelas informações.
Fonte: Novo Dicionário Aurélio, "Ilha Notícias" e https://nossosvizinhosilustres.blogspot.com/2016/12/papai-noel.html
Foto: Antonio Rodrigues, como Papai Noel, em evento no Maracanã (Acervo Digital O Globo)