A Ilha das Enxadas localiza-se na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Integra o Arquipélago de Santa Bárbara.
As primeiras informações históricas a seu respeito datam de 1619, quando o governador e capitão-geral da Capitania do Rio de Janeiro, Rui Vaz Pinto (que, aliás, também é nome de rua na Ilha do Governador), permitiu aos religiosos da Ordem dos Carmelitas dali retirar a pedra necessária à edificação do Convento e Igreja do Carmo.
No início do século XIX a ilha pertencia ao capitão Filipe Antônio Barbosa, que nela mantinha casa de sobrado, capela, armazém e cais. Por essa razão, à época da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil (1808) foi requisitada pelo príncipe-regente D. João, para servir como hospital a marinheiros ingleses, função que exerceu por curto espaço de tempo.
Em 1869, a ilha foi adquirida pelo Governo Imperial a fim de abrigar o depósito de material de construção das instalações do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), tendo servido posteriormente como sede da Escola de Aviação Naval, da Escola Naval, e da Escola de Educação Física da Marinha do Brasil.
Durante a Revolta da Armada (1893), foi utilizada como presídio, tendo servido como um dos cenários, nesse contexto, na ficção, ao personagem Policarpo Quaresma no romance "Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto.
Foi em suas águas que amerissou o hidravião Santa Cruz, com Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 17 de junho de 1922.
Sede do Centro de Instrução Almirante Wandenkolk (CIAW) desde dezembro de 1945, nela foi instalado um Criatório Conservacionista que atualmente abriga mais de 80 exemplares de aves da fauna brasileira e de outros países.
Curiosamente, a ilha, pelos Correios, tem CEP próprio (20180-003) e consta, como sendo no "bairro" Baía de Guanabara.
Fonte: Correios, Wikipedia e Marinha do Brasil
Foto: Arquivo 5º Distrito Naval, Marinha do Brasil