Fernando de Azevedo, professor, educador, crítico, ensaísta e sociólogo, nasceu em São Gonçalo do Sapucaí (MG), em 2 de abril de 1894; e faleceu em São Paulo, em 18 de setembro de 1974.
Filho de Francisco Eugênio de Azevedo e de Sara Lemos Almeida de Azevedo, cursou o ginasial no Colégio Anchieta, em Nova Friburgo. Durante cinco anos fez cursos especiais de letras clássicas, língua e literatura grega e latina, de poética e retórica; e, em seguida, cursou Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito de São Paulo.
Foi, aos 22 anos, professor substituto de Latim e Psicologia no Ginásio do Estado em Belo Horizonte; de Latim e Literatura na Escola Normal de São Paulo; de Sociologia Educacional no Instituto de Educação da Universidade de São Paulo; catedrático do Departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Professor emérito da referida Faculdade da Universidade de São Paulo (USP).
Foi diretor-geral da Instrução Pública do Distrito Federal (1926-30); diretor-geral da Instrução Pública do Estado de São Paulo (1933); membro da Comissão organizadora da Universidade de São Paulo (1934); diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo (1941-42); membro do Conselho Universitário por mais de 12 anos, desde a fundação da USP; secretário da Educação e Saúde do Estado de São Paulo (1947); diretor do Centro Regional de Pesquisas Educacionais, que ele instalou e organizou (1956-61); Secretário de Educação e Cultura no governo do prefeito Prestes Maia (1961); redator e crítico literário de "O Estado de São Paulo" (1923-26), jornal em que organizou e dirigiu, em 1926, dois inquéritos um sobre a arquitetura colonial, e outro sobre Educação Pública em São Paulo, abordando os problemas fundamentais do ensino de todos os graus e tipos, e iniciando uma campanha por uma nova política de educação e pela criação de universidades no Brasil. No Distrito Federal (1926-30), projetou, defendeu e realizou uma reforma de ensino das mais radicais que se empreenderam no país. Traçou e executou um largo plano de construções escolares, entre as quais as dos edifícios na Rua Mariz e Barros, destinados à antiga Escola Normal, hoje Instituto de Educação. Em 1933, quando diretor-geral da Instrução Pública do Estado de São Paulo, promoveu reformas, consubstanciadas no Código de Educação.
Fundou em 1931, e dirigiu por mais de 15 anos, na Companhia Editora Nacional, a Biblioteca Pedagógica Brasileira (B.P.B.), de que faziam parte a série Iniciação Científica e a coleção Brasiliana. Foi o redator e o primeiro signatário do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (A reconstrução educacional no Brasil), em 1932, em que se lançaram as bases e diretrizes de uma nova política de educação. Foi presidente da Associação Brasileira de Educação em 1938 e eleito presidente da VIII Conferência Mundial de Educação que deveria realizar-se no Rio de Janeiro. Eleito no Congresso Mundial de Zurich (1950) vice-presidente da International Sociological Association (1950-53), assumiu com os outros dois vice-presidentes, Morris Ginsberg, da Inglaterra; e Georges Davy, da França, a direção dessa associação internacional por morte de seu presidente, Louis Wirth, da Universidade de Chicago. Membro correspondente da Comissão Internacional para uma História do Desenvolvimento Científico e Cultural da Humanidade (publicação da Unesco); um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Sociologia, de que foi presidente, desde sua fundação (1935) até 1960; foi presidente da Associação Brasileira de Escritores (seção de São Paulo).
Na ABL, foi o terceiro ocupante da Cadeira 14, eleito em 10 de agosto de 1967, na sucessão de Antonio Carneiro Leão e recebido pelo acadêmico Cassiano Ricardo (também nome de rua no Village) em 24 de setembro de 1968.
Com informações da ABL
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