A araponga é uma ave existente no Brasil e também no Paraguai e Argentina; produz som parecido ao de um martelo numa bigorna. As arapongas pertencem à família Cotingidae, gênero Procnias.
A araponga é conhecida em todo o Brasil pelo seu grito alto e estridente. Em outras regiões do país, ela é conhecida por guiraponga, ferreiro ou ferrador, sendo que esses dois últimos nomes vêm do seu grito, que imita com perfeição o trabalho de um ferreiro, primeiramente com uma lima e a seguir com a batida estridente de um martelo sobre a bigorna.
O nome "araponga" é indígena e vem de ara (ave) e ponga (soar). A araponga do Sudeste e Sul, a Procnias nudicollis é ave famosa e infelizmente perseguida pelo tráfico de aves o que faz com que tenha suas populações reduzidas.
É considerada "A Voz da Mata Atlântica", devido a habitar essa floresta e ser mencionada pelos primeiros viajantes e naturalistas que visitaram o Brasil nos séculos XIX e XVIII. Também é considerada como ave nacional do Paraguai. Sua preservação, portanto, adquire importância até mesmo cultural.
Três espécies de arapongas são encontradas no Brasil: a araponga (Procnias nudicollis), que é a mais encontrada, mas, não sendo, porém, comum, habitando desde matas litorâneas da Bahia e Alagoas até o Rio Grande do Sul. O macho é todo branco, com a garganta e os lados da cabeça esverdeados, e a fêmea é totalmente esverdeada; também a araponga-do-nordeste (Procnias averano) que vive em Roraima e no Nordeste, onde se torna cada vez mais rara por causa da derrubada das matas, seu habitat natural e, principalmente, devido ao tráfico de aves. Alguns ecologistas e entidades preservacionistas estão tentando a preservação desta espécie. As asas são pretas, o peito é branco, cabeça marrom e vários apêndices carnudos que "nascem" do seu pescoço como se fossem barba, de onde vem seu nome popular de "araponga-de-barbela"; e a araponga-da-amazônia (Procnias alba), que habita o Amazonas na região do Rio Negro, mas pouco se sabe sobre ela. Recentemente foi encontrada em outras regiões da Amazônia, indicando que mais pesquisas poderão localizar populações desconhecidas. Por exemplo, foi localizada na Serra dos Carajás, no Pará; e também em Roraima.
Fonte: Wikipedia
Foto: Prefeitura Municipal de Paranapanema (SP)