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Agostinho dos Santos nasceu em 25 de abril de 1932, em São Paulo, e foi criado no bairro do Bexiga. Iniciou sua carreira no início dos anos 1950, como crooner da orquestra de Osmar Milani. Em 1951, por indicação do trompetista José Luís, foi contratado pela Rádio América de São Paulo. Anos depois, seria contratado pela Nacional paulista. Gravou o primeiro disco em 1953 pelo selo Star com o samba "Rasga Teu Verso", de Sereno e Manoel Ferreira.
Em 1955, atuou na Rádio América de São Paulo e depois veio para o Rio cantar com Ângela Maria, Sílvia Telles e a Orquestra Tabajara, na Rádio Mairynk Veiga. Também no mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, o samba "Vai Sofrendo", parceria com Vicente Lobo e Osvaldo Morige. Nesse mesmo ano, recebeu seu primeiro Disco de Ouro. Em 1957, gravou com acompanhamento da orquestra de Valdomiro Lemke os sambas-canções "Chove lá Fora", de Tito Madi; e "Maria dos Meus Pecados", de Jair Amorim e Valdemar de Abreu. Também em 1957, lançou pela Polydor o LP "Uma Voz e Seus Sucessos", trazendo entre outras, "Desolação", de Othon Russo, "O Amor Não Tem Juízo", de Fernando César e "Esquecimento", de Fernando César e Nazareno de Brito. Nesse ano, recebeu seu segundo Disco de Ouro.
Em 1958, gravou com a orquestra de Valdomiro Lemke os sambas-canções "Por Causa de Você" e "Estrada do Sol", de Tom Jobim e Dolores Duran e "Se Todos Fossem Iguais a Você", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Foi agraciado no mesmo ano com seu terceiro Disco de Ouro.
No mesmo ano, transferiu-se para a RGE e gravou os sambas-canções "Chega de Saudade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e "Balada Triste", de Dalton Vogeler e Esdras Silva, com os quais fez grande sucesso. Lançou também no mesmo período o LP "Agostinho Espetacular", com obras como: "Um Olhar, Um Sorriso", de Guerra Peixe; "Tu És a Dona de Tudo", de Nazareno de Brito e Alcyr Pires Vermelho; e "Forças Ocultas", de sua parceria com Antônio Bruno. Também em 1958, lançou o LP "Antônio Carlos Jobim e Fernando César na Voz de Agostinho dos Santos", no qual interpretou, entre outras, "Eu Não Existo Sem Você", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e "Foi a Noite", de Tom Jobim e Newton Mendonça e "Graças a Deus" e "Segredo", de Fernando César. Por causa desse LP, recebeu o convite de Tom Jobim e Vinícius de Morais para ser o intérprete da trilha de ambos para o filme "Orfeu do Carnaval", de Marcel Camus, que lhe rendeu dois grandes sucessos: "Manhã de Carnaval", de Luiz Bonfá e Vinicius de Moraes e "A Felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Em 1959, gravou os sambas-canções "Canção de Amor" e "Manhã de Carnaval", de Luiz Bonfá e Antonio Maria e "A Felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, todos com grande sucesso.
Em 1962, participou do Festival de Bossa Nova no Carnegie Hall, em Nova Iorque (EUA), como cantor, acompanhado pelo conjunto de Oscar Castro Neves.
Fez várias excursões ao exterior, tendo se apresentado no Chile, Argentina, México, Itália, Portugal e nos EUA, onde cantou ao lado de Johnny Mathis.
Em 1967, gravou o LP "Música Nossa", no qual interpretou "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant, música que ele havia indicado, juntamente com "Maria, Minha Fé" e "Morro Velho", ambas também de Milton Nascimento ao diretor artístico do II FIC. Este disco incluía ainda "Ponteio", de Capinan e Edu Lobo, "Carolina", de Chico Buarque e "Sim Pelo Não", de Alcivando Luz e Carlos Coquejo, com a participação especial da então iniciante Beth Carvalho.
Teve rápida passagem pelo rock'n'roll nos anos 1950, gravando "Até Logo, Jacaré", versão de Júlio Nagib para "See You Later, Alligator", de Bill Halley & His Comets. Gravou 25 discos em 78 rpm, pela Star e RGE.
Faleceu em 12 de julho de 1973, em trágico desastre aéreo nas imediações do aeroporto de Orly em Paris, França.

Com informações do Dicionário Cravo Albim
Foto: http://agostindossantos.blogspot.com



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