Tito Lívio de Castro nasceu no Rio de Janeiro em 21 de janeiro de 1864 e faleceu em 15 de maio de 1890. Apesar de tão curta existência, realizou obra significativa.
Pertenceu ao grupo fluminense da Escola do Recife, tendo sido discípulo de Silvio Romero, que recuperou os originais de seus escritos, editando-os postumamente.
Interessou-se sobretudo pelos fenômenos da vida social, em torno dos quais nutria grandes divergências, por discordar da acepção da sociologia posta em circulação no país pelos discípulos de Augusto Comte. Admitiu que tais fenômenos podiam ser objeto de investigação científica e buscou estabelecer alguns paradigmas, mais tarde retomados e reelaborados para construir o culturalismo sociológico. É considerado um dos precursores da psiquiatria brasileira, tendo regido por um ano a cadeira correspondente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Fonte: Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro (www.cdpb.org.br)
Detalhe de xilografia de J. Boas, publicada no frontispício do livro "A mulher e a sociogenia" (edição póstuma de 1893), reproduzida na dissertação de Mestrado "Um 'mestiço irrecusável': Tito Lívio de Castro e o pensamento cientificista no Brasil do século XIX", de Ana Maria Araujo de Almeida e Eduardo Franca Paiva (UFMG, 2008)