Militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), Stuart Edgar Angel Jones nasceu a 11 de janeiro de 1946, na Bahia, filho de Norman Angel Jones e Zuleika Angel Jones, a estilista Zuzu Angel.
Bicampeão carioca de remo pelo Clube de Regatas Flamengo na adolescência, ele foi estudante de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e possuía dupla nacionalidade: brasileira e americana.
Na virada das décadas de 60/70, passou a militar no MR-8, grupo de extrema esquerda que fazia a luta armada contra o regime militar, onde usava os codinomes "Paulo" e "Henrique".
Preso e torturado por membros do Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa), 25 anos de idade, Stuart Angel desapareceu em 14 de junho de 1971. Foi casado com a também militante e guerrilheira Sônia Morais Jones, presa, torturada e morta dois anos depois e também dada como desaparecida.
Em 8 de abril de 1987, a revista "Isto É", na matéria "Longe do Ponto Final", publica declarações do médico cassado (por participar de sessões de tortura) Amílcar Lobo, que reconheceu ter visto Stuart no DOI-Codi/RJ, sem precisar a data.
O preso político Alex Polari de Alverga, testemunha da prisão e tortura até a morte de Stuart, tendo inclusive presenciado a cena em que ele era arrastado por um jipe, com a boca no cano de descarga do veículo, pelo pátio interno do quartel.
Artigo da "Folha de São Paulo" de 2 de setembro de 1979, assinado por Tamar de Castro, intitulado: "Seu filho está sendo morto, agora": "Zuzu Angel, figurinista morta em circunstâncias ainda não esclarecidas, em 1976, relata em depoimento inédito ao historiador Hélio Silva, agora divulgado, o desaparecimento de seu filho, Stuart Edgar Angel Jones, estudante e professor, que - segundo suas denúncias - foi sequestrado no dia 14 de julho de 1971 por agentes ligados ao Cisa, e - ainda segundo as denúncias - torturado e morto na Base Aérea do Galeão".
O depoimento de Zuzu Angel foi prestado em 10 de fevereiro de l976, um mês antes de sua morte, ao historiador Hélio Silva na qualidade de diretor do Centro de Memória Social Brasileira, da Faculdade Cândido Mendes, auxiliado por Maria Cecilia Ribas Carneiro, pesquisadora assistente. Nele, Zuzu relata sua peregrinação junto a autoridades militares para ter alguma notícia sobre a prisão de seu filho.
Fonte: Wikipedia e Tortura Nunca Mais
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