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José Silveira Sampaio nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de junho de 1914 e faleceu na mesma cidade em 24 de novembro de 1964.
Autor, ator, diretor e empresário. Homem de teatro, criador de um estilo cômico intrinsecamente ligado à cultura carioca dos anos 50 e 60.
Formou-se em Medicina (Pediatria) em 1935 e ainda durante a faculdade ganhou um prêmio pela autoria de uma peça de teatro. Uma década depois, Sampaio retoma o teatro e encontra sucesso logo no início, em 1947. Decide abandonar a medicina e então dedica-se intensamente por quase uma década ao seu próprio teatro, a produções de filmes e peças. Em meados dos anos 50 envolve-se com a recém-surgida TV brasileira e foi importante pioneiro do gênero talk show, programas de entrevistas e sátiras políticas. Praticamente tudo o que fazia era sucesso de público e crítica. Seu maior legado é o estilo cômico inovador na sátira de costumes e da vida política (do Brasil e do mundo) da época.
No segundo ano do curso de Medicina vence o Concurso de Novos Autores, promovido pelo Jornal do Brasil, com a sátira "Futebol em família", texto escrito em parceria com Arnaldo Faro, encenado no Teatro São José em 1931.
Totalmente dedicado à medicina, Sampaio concluiu a Faculdade em 1935, fez Mestrado em Puericultura e clinicou no Hospital São Zacarias em Copacabana, antes de voltar a se envolver com teatro novamente. Usou o pseudônimo Sam no "Diário Carioca", em 1934. Entre 1945 e 1947 Sampaio flerta com o cinema. Em 1947, funda o grupo amador Os Cineastas e escreve, dirige e produz o filme "Uma Aventura aos 40". Filma também "As sete noivas do Barba Azul", que permanece inacabado.
Sampaio porém trabalhava intensamente como médico durante a II Guerra e acabou contraindo tuberculose. O longo repouso forçado rendeu-lhe tempo para escrever "A inconveniência de ser esposa", peça que, em 1948, se tornou seu primeiro sucesso.
Em 1949, recebe a medalha de ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT), pela direção de "Um deus dormiu lá em casa", de Guilherme Figueiredo.
Em 1953, sai do Teatro de Bolso e passa a ocupar o Serrador, onde estreia um novo texto, "O diabo em quatro corpos", com Mara Rúbia no elenco. Depois de uma experiência no teatro musicado, a convite de Carlos Machado, Sampaio se estabelece em uma pequena boate do Hotel Glória, onde cria "No país dos Cadillacs", 1956.
Na TV, usa seu estilo crítico para trabalhar como comentarista político. Ainda segundo Evelyn Lima, "fazia dois programas, o primeiro talk show da história da TV, o SS Show, e o Bate-papo com Silveira Sampaio, no qual ele, sozinho, diante de um telefone, mantinha conversas de cunho cômico com os políticos da época."
Sampaio passa a colaborar mais frequentemente com o cinema, além de continuar atuando na televisão e escrevendo para jornais.
Logo depois de sua morte, em 1964, sua peça mais recente, "Da necessidade de ser polígamo", estreia em Nova Iorque, traduzida para o inglês por Roberto Campos, então ministro do Planejamento e encenada com elenco, diretor e produção americanos.

Com informações da Wikipedia
Foto: Acervo Itaú Cultural

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