Patrocina Pereira de Carvalho nasceu em Portugal em 18 de dezembro de 1894 em uma pequena aldeia chamada Couto, pertencente à localidade de São João de Tarouca, Concelho de Lamego, Distrito de Viseu.
Uma de quatro filhos do casal Miguel Pereira e Maria Rosa, que faleceu quando os todos ainda eram pequenos. Tendo o pai abandonado a família, Patrocina foi criada por sua avó materna, Márcia.
Aos 17 anos, conheceu uma senhora francesa com quem foi trabalhar como dama de companhia. Esta senhora veio para o Brasil no início do século XX e ela, junto, acompanhando-a.
Aqui no Rio, quando chegou, morou no bairro de Laranjeiras.
Em 28 de outubro de 1921, casou-se com o marceneiro José Maria de Carvalho, recém-viúvo e com já três filhos pequenos (Nuno, Rosalina e Antônio).
Juntos, tiveram mais cinco filhos: José Maria de Carvalho Jr. (professor de Matemática, oficial da Aeronautica, funcionário da Caixa Econômica e deputado federal no final dos anos 70 e início dos anos 80), Lourdes de Carvalho Guida (pedagoga), Orlando de Carvalho (advogado), Paulo de Carvalho (servidor público) e Carlos de Carvalho (funcionário da Prefeitura de Duque de Caxias, vereador de Duque de Caxias em 1955 com 21 anos, advogado e vereador pelo Rio de Janeiro por cinco mandatos consecutivos, sendo ele quem reformou a praça em frente à sua residência, nas Pitangueiras, dando-lhe o nome de sua mãe).
Depois de muito escolherem, José Maria e Patrocina decidiram-se por comprar um terreno em Vigário Geral, em vez de outro em Ipanema, na futura Vieira Souto, pois nesta o transporte era então feito por bondes de burro... e em Vigário Geral (onde construíram a primeira casa), já havia o progresso com a linha do trem...
Mais tarde compraram um outro terreno na Rua Bulhões Marcial, também em Vigário Geral, bem em frente à linha do trem, muito maior e mais valorizado.
Dona Patrocina ficou viúva em 1937, com oito filhos (os cinco biológicos mais os três enteados), os quais criou com bastante dificuldade e sozinha. Os filhos vendiam as verduras, legumes e frutas que ela plantava em seu quintal nas feiras livres e para os vizinhos. Vendiam também ovos e aves que criavam; ela lavava e passava roupas para fora.
Eles ajudavam vendendo o que produziam em casa, mas o estudo era obrigatório e ela cobrava o bom desempenho escolar dos seus filhos.
Veio a falecer aos 80 anos, em fevereiro de 1975, na própria residência, em Vigário Geral.
Agradecimento à neta, Carla Figueiredo, pela foto (do Registro de Estrangeiro, de 1940) e pelas informações