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Pajeú é uma microrregião ao norte do Estado de Pernambuco composta por 17 municípios. Localiza-se na Mesorregião do Sertão Pernambucano e tem por microrregiões limítrofes Itaparica, Salgueiro, Sertão do Moxotó e Cariri Ocidental e Serra do Teixeira (estas duas últimas na vizinha Paraíba).
Abrange uma área de 8.778 km², com população estimada (em 2009) de 323.469 habitantes; tem clima semiárido na maioria de seu território, sendo exceção a área de brejo de altitude, que compõe, por exemplo, a cidade de Triunfo, ponto mais alto do estado com 1.260 metros. Tem a agropecuária mais desenvolvida do sertão brasileiro. A pequena atividade econômica da microrregião é em sua maioria movimentada pelo comércio, seguido da agropecuária. Na região de brejo de altitude, a atividade agrícola tem mais diversidade, inclusive fruticultura. Nas regiões baixas, a pecuária caprina e bovina prevalece e a agricultura predominante é a de subsistência.
A cidade mais populosa é Serra Talhada, seguida de Afogados da Ingazeira, São José do Egito e Tabira. O Vale do Pajeú está retratado no livro de Luís Cristóvão dos Santos, Caminhos do Pajeú.
Pajeú também pode se referir a um dos líderes guerrilheiros durante a Guerra de Canudos.
Nasceu em Riacho do Navio, mas a data é desconhecida e morreu em Canudos, em 1897.
Originário de Pajeú das Flores, donde o apelido, crê-se que Pajeú tenha iniciado sua vida profissional como soldado de linha ou de polícia. Esteve envolvido no motim de Antônio Diretor, em Baixa Verde, sendo dali enxotado e perseguido pela polícia, acusado de vários crimes.
Unindo-se aos seguidores de Antônio Conselheiro, em Canudos, teria aproveitado seus conhecimentos militares para se tornar um dos líderes mais ardilosos na defesa do arraial contra os ataques do Exército. Ficou conhecido por ser "bom de tocaia", e liderou o combate contra a segunda expedição sob comando do major Febrônio de Brito. "Bravura inexcedível e ferocidade rara", segundo Euclides da Cunha, Pajeú criava constantes dificuldades às tropas republicanas.
De acordo com João Siqueira Santos, Pajeú teria comandado a destruição de algumas fazendas próximas a Canudos, entre eles a do coronel José Américo Camelo de Souza Velho por este ter barrado e matado sertanejos que estavam a caminho de Canudos. Depois da morte dos cabecilhas, próximo ao final da guerra, Pajeú teria assumido o comando geral das guerrilhas.
Segundo Euclides da Cunha, Pajeú teria sido morto em combate no mês de julho de 1897. Contrariando esta informação, em setembro o jornalista Lellis Piedade registra que parecia sem fundamento a notícia de sua morte.

Fonte e mapa com a localização de Pajeú (em grená) no Estado de Pernambuco: Wikipedia
Ilustração: http://lentescangaceiras.blogspot.com.br

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