Padre, Ormindo Sodré Viveiros de Castro, S.J., nasceu em Belém, em 28 de dezembro de 1917.
De família paraense, estado em que seu avô, Lauro Sodré, havia sido governador, veio para o Rio de Janeiro com três anos de idade. Era chamado de Mindinho por sua família.
Estudou no Colégio Santo Inácio. Em 1933, entrou para o Noviciado no Colégio Anchieta em Nova Friburgo (RJ), instituição onde iniciou sua carreira como professor em 1938, ensinando Gramática e Matemática.
Em 1944, voltou ao Colégio Santo Inácio para atuar como professor e "prefeito dos alunos". Em 1945 seus superiores na Ordem Jesuítica consideraram que sua formação em Pedagogia deveria ser aprofundada e padre Ormindo foi enviado ao West Baden College em Indiana (EUA), onde se ordenou sacerdote em 1947. Em 1950 e 1951 fez cursos de Pedagogia e Educação em Londres e Nova Iorque.
Voltou ao Brasil em 1952, sendo designado secretário-geral da PUC-Rio, onde atuou também como professor de Pedagogia até 1959. Entre 1960 e 1962 assumiu o cargo de reitor do Colégio Santo Inácio no Rio de Janeiro. Em 1963, foi enviado para assumir o cargo de reitor da Universidade Católica de Goiás (UCG), onde ficou até 1967, atuando também como professor de Filosofia Educacional.
Em 1968, voltou para a PUC-Rio, onde atuou como diretor do Departamento de Filosofia, foi o primeiro decano do Centro de Teologia e Ciências Humanas, e professor de Questões Pedagógicas e Psicologia Educacional. Em 1970, tornou-se reitor da Universidade, num período muito difícil política e financeiramente, para a PUC e para o Brasil. Procurava auxiliar alunos, e suas famílias, que por alguma razão tivessem problemas com os órgãos do governo.
Em sua gestão foi implementado o regime de créditos acadêmicos, sendo a PUC pioneira neste processo. Foram inaugurados o novo prédio do Rio DataCentro, o prédio do Departamento de Química, o acelerador de partículas Van de Graaff e a expansão de seis andares no bloco do Departamento de Física no Edifício Cardeal Leme.
Deixou a Reitoria em outubro de 1972, mas continuou na PUC-Rio exercendo o magistério no Departamento de Educação e em intensa atividade pastoral. Muito querido pelos alunos, foi patrono e paraninfo de diversas turmas de formandos.
Em 1980, foi nomeado superior da Comunidade Religiosa dos Jesuítas e passou a dedicar-se integralmente a ação pastoral: atendia a casamentos, missas, velórios, mas tinha especial carinho pelos batizados, tendo realizado, pelos seus registros, mais de 10 mil, a maioria na capela da PUC-Rio.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de fevereiro de 1998.
Fonte e foto: Núcleo de Memória da PUC-Rio (http://nucleodememoria.vrac.puc-rio.br)