Rua Orestes Barbosa (Jardim Guanabara [Quebra-Coco]) - CEP: 21940-375
Orestes Dias Barbosa nasceu em 7 de maio de 1893 no bairro carioca de Vila Isabel.
A família passou por dificuldades financeiras ao longo de toda a sua infância. Por causa disso, não frequentou a escola. Aprendeu a ler sozinho, vendo os letreiros de bondes e manchetes de jornais com a ajuda do vizinho Clodoaldo de Moraes - pai de Vinícius de Moraes -, que também lhe ensinou as primeiras lições no violão, quando ele tinha 10.
Entrou para a escola aos 12 anos, o Liceu de Artes e Ofícios, onde aprendeu o ofício de revisor. Aos 13 anos, venceu um concurso literário na revista "Tico-tico". Em 1907, então com 14 anos, empregou-se como revisor do jornal "O Século", dirigido por Rui Barbosa. Aos 20, tornou-se repórter do "Diário de Notícias", também sob a direção de Rui Barbosa e, mais além, trabalhou como revisor, secretário e cronista, exercendo todas as funções dentro de um jornal.
Estreou como poeta em 1917 com o livro "Penumbra sagrada". Em 1920, foi a Portugal, onde entrevistou Teófilo Braga e encontrou-se com Guerra Junqueiro. Foi preso pela primeira vez em 1921, quando escreveu artigo denunciando o Grêmio Euclides da Cunha como aproveitador dos direitos autorais do patrono. Nesse ano, publicou o primeiro livro de crônicas intitulado "Na prisão", onde conta casos de dentro do cárcere, além de "Água-marinha", seu segundo livro de poemas. Foi um dos primeiros a manter uma coluna radiofônica no jornal "A Manhã", em meados dos anos 1920. Durante o governo de Artur Bernardes (1922-1926), esteve preso novamente. Apesar disso, continuou escrevendo e publicando livros em prosa: "Bam-bam-bam" (1923), "Portugal de perto!"(1923), "O português no Brasil"(1925) e "O Pato preto" (1927).
Como letrista, estreou em 1930 com a cançoneta "Bangalô", em parceria com Osvaldo Santiago.
Em 1931, teve duas parcerias com J. Thomaz: o fox-samba "Flor do asfalto" e o samba "Carioca". No mesmo ano, estreou cantando em disco um samba de Heitor dos Prazeres, "Nega, meu bem". No ano seguinte, Francisco Alves gravou a canção "Meu companheiro", parceria dos dois, e Paulo Neto de Freitas o fox-trote "Galgo russo", parceria com J. Thomaz. No mesmo ano, fez com Bonfíglio de Oliveira a valsa "Alvorada". Em 1933, publicou um livro de crônicas intitulado "Samba", que em estilo telegráfico registra o aparecimento do samba urbano.
Em 1933, compôs com Francisco Alves a marcha "Há uma forte corrente contra você" gravada pelo próprio Francisco Alves na Odeon. No mesmo ano, gravou com o compositor Nássara na Odeon a marcha "As lavadeiras", parceria dos dois e com o mesmo Nássara compôs o samba "Caixa econômica", gravado em dueto por João Petra de Barros e Luiz Barbosa na Victor. Ainda nesse ano, compôs com Noel Rosa o samba "Positivismo", que o próprio Noel gravou pela Columbia e com o pianista Nonô fez a canção "Vidro vazio" lançada na Victor por Sílvio Caldas. Em 1934, compôs com Sílvio Caldas o samba "Sem você" gravado por Aurora Miranda na Odeon e com Francisco Alves a modinha "Não sei..." e a valsa "Romance", lançadas pelo próprio Chico Alves na Victor. Nesse ano, obteve um de seus maiores sucessos, a valsa "A mulher que ficou na taça", parceria com Francisco Alves que a gravou na Victor em disco que trazia outra parceria dos dois, a canção "Adeus".
Em 1936, as Irmãs Pagãs gravaram a marcha "Gato escondido", parceria com Custódio Mesquita, e Sílvio Caldas a valsa "O nome dela não digo", parceria dos dois. Em 1937, também com Sílvio, gravou duas parcerias dos dois, a valsa "Arranha-céu" e a canção "Chão de estrelas", seu maior sucesso.
Faleceu em 15 de agosto de 1966, no Rio de Janeiro.
No mesmo ano em que morreu, foi homenageado pelo poeta Walmir Ayala com a peça "Chão de estrelas", montada num circo em pleno Tabuleiro da Baiana, centro histórico do Rio de Janeiro.
Com informações do Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira
Foto: http://aindaespantado.blogspot.com.br
Orestes Dias Barbosa nasceu em 7 de maio de 1893 no bairro carioca de Vila Isabel.
A família passou por dificuldades financeiras ao longo de toda a sua infância. Por causa disso, não frequentou a escola. Aprendeu a ler sozinho, vendo os letreiros de bondes e manchetes de jornais com a ajuda do vizinho Clodoaldo de Moraes - pai de Vinícius de Moraes -, que também lhe ensinou as primeiras lições no violão, quando ele tinha 10.
Entrou para a escola aos 12 anos, o Liceu de Artes e Ofícios, onde aprendeu o ofício de revisor. Aos 13 anos, venceu um concurso literário na revista "Tico-tico". Em 1907, então com 14 anos, empregou-se como revisor do jornal "O Século", dirigido por Rui Barbosa. Aos 20, tornou-se repórter do "Diário de Notícias", também sob a direção de Rui Barbosa e, mais além, trabalhou como revisor, secretário e cronista, exercendo todas as funções dentro de um jornal.
Estreou como poeta em 1917 com o livro "Penumbra sagrada". Em 1920, foi a Portugal, onde entrevistou Teófilo Braga e encontrou-se com Guerra Junqueiro. Foi preso pela primeira vez em 1921, quando escreveu artigo denunciando o Grêmio Euclides da Cunha como aproveitador dos direitos autorais do patrono. Nesse ano, publicou o primeiro livro de crônicas intitulado "Na prisão", onde conta casos de dentro do cárcere, além de "Água-marinha", seu segundo livro de poemas. Foi um dos primeiros a manter uma coluna radiofônica no jornal "A Manhã", em meados dos anos 1920. Durante o governo de Artur Bernardes (1922-1926), esteve preso novamente. Apesar disso, continuou escrevendo e publicando livros em prosa: "Bam-bam-bam" (1923), "Portugal de perto!"(1923), "O português no Brasil"(1925) e "O Pato preto" (1927).
Como letrista, estreou em 1930 com a cançoneta "Bangalô", em parceria com Osvaldo Santiago.
Em 1931, teve duas parcerias com J. Thomaz: o fox-samba "Flor do asfalto" e o samba "Carioca". No mesmo ano, estreou cantando em disco um samba de Heitor dos Prazeres, "Nega, meu bem". No ano seguinte, Francisco Alves gravou a canção "Meu companheiro", parceria dos dois, e Paulo Neto de Freitas o fox-trote "Galgo russo", parceria com J. Thomaz. No mesmo ano, fez com Bonfíglio de Oliveira a valsa "Alvorada". Em 1933, publicou um livro de crônicas intitulado "Samba", que em estilo telegráfico registra o aparecimento do samba urbano.
Em 1933, compôs com Francisco Alves a marcha "Há uma forte corrente contra você" gravada pelo próprio Francisco Alves na Odeon. No mesmo ano, gravou com o compositor Nássara na Odeon a marcha "As lavadeiras", parceria dos dois e com o mesmo Nássara compôs o samba "Caixa econômica", gravado em dueto por João Petra de Barros e Luiz Barbosa na Victor. Ainda nesse ano, compôs com Noel Rosa o samba "Positivismo", que o próprio Noel gravou pela Columbia e com o pianista Nonô fez a canção "Vidro vazio" lançada na Victor por Sílvio Caldas. Em 1934, compôs com Sílvio Caldas o samba "Sem você" gravado por Aurora Miranda na Odeon e com Francisco Alves a modinha "Não sei..." e a valsa "Romance", lançadas pelo próprio Chico Alves na Victor. Nesse ano, obteve um de seus maiores sucessos, a valsa "A mulher que ficou na taça", parceria com Francisco Alves que a gravou na Victor em disco que trazia outra parceria dos dois, a canção "Adeus".
Em 1936, as Irmãs Pagãs gravaram a marcha "Gato escondido", parceria com Custódio Mesquita, e Sílvio Caldas a valsa "O nome dela não digo", parceria dos dois. Em 1937, também com Sílvio, gravou duas parcerias dos dois, a valsa "Arranha-céu" e a canção "Chão de estrelas", seu maior sucesso.
Faleceu em 15 de agosto de 1966, no Rio de Janeiro.
No mesmo ano em que morreu, foi homenageado pelo poeta Walmir Ayala com a peça "Chão de estrelas", montada num circo em pleno Tabuleiro da Baiana, centro histórico do Rio de Janeiro.
Com informações do Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira
Foto: http://aindaespantado.blogspot.com.br