Rua Ondina Ribeiro Dantas (Jardim Guanabara) - CEP: 21941-050


De família abastada, jornalista, musicista e com ideias socialistas, Ondina Portella (por vezes, creditado com um "L" somente) Ribeiro Dantas nasceu a 6 de setembro de 1897, em Salvador (BA), de onde saiu com três meses de idade, tendo, a partir daí, viajado pela maioria dos estados do Brasil. Com cinco anos, em São João Del-Rei (MG), fez as primeiras composições musicais, passando a se dedicar ao cavaquinho e bandolim, instrumentos com os quais integrava a pequena orquestra formada por seus pais e irnãos. Posteriormente, em Paquetá, essa orquestra de crianças ficou famosa. Em 1908, a familia Portella seguiu para a Europa, onde morou por cinco anos. Lá, iniciou um sério estudo de música, com os melhores mestres de Paris. Diplomou-se em Bandolim, no curso de Eduardo Mezzacapo bandolista da Ópera de Paris, e logo iniciou os estudos de harpa, como aluna de Lily Laskine, considerada a maior harpista francesa da época. Em Paris, participou de concertos e, após residir na França e Alemanha, voltou ao Brasil, onde ingressou no Instituto Nacional de Música da Universidade do Brasil, quando obteve o primeiro prêmio de harpa, medalha de ouro, por unanimidade. Foi a primeira-harpista da orquestra, atuando sob a regência de Francisco Braga, Lorenzo Fernández e outros.
Casou-se em 1927 com Orlando Ribeiro Dantas, fundador do "Diario de Noticias" em 1930, passando a exercer a função de critica musical, sob o pseudônimo de D'Or (a parti de "D", de Dantas; "O", de Ondina; e "R", de Ribeiro). Assumiu a administração como diretora-presidente do jornal, quando do falecimento do marido, em 1953 até o encerramento das atividades em 1970.
Colaborou em varias revistas e jornais do Rio de Janeiro e no "Le Monde Musical" de Paris.
Dirigiu a "Revista Feminina", edição dominical, onde também fez crônicas sob o pseudônimo de Marilia Dalva.
Como musicista, participou e presidiu vários concursos nacionais e internacionais, realizados no Rio e Bahia. Em 1959, foi presidente da Campanha Nacional da Criança, já que também se dedicava à assistência social.
Faleceu em 1980.

Agradecimentos a Guy Machado, por parte das informações e pela cessão da foto (de 1968)
Fonte: Decreto 2.731, de 17 de agosto de 1980 - Prefeitura do Rio de Janeiro (http://docvirt.no-ip.com/docreader.net), "Diário de Notícias - A Luta por um País Soberano" (www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4204434/4101423/memoria15.pdf), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), www.tribunadonorte.com.br e "De coadjuvantes a protagonistas: a trajetória de três mulheres que trocaram os salões de sociedade pelo controle de grandes jornais brasileiros nas décadas de 50 e 60", de Flávia Rocha Bessone Corrêa. Publicação: 2001. Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2001

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