Médico, jornalista e educador, Manoel (às vezes, creditado como Manuel) José Bonfim viveu no Rio de Janeiro no final do século XIX e início do XX. Nasceu em Aracaju no dia 8 de agosto de 1868, sendo seus pais Paulino José do Bonfim e Maria Joaquina do Bonfim.
Realizou os preparatórios na capital sergipana, revelando, desde criança, grande talento.
Em 1886, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, onde cursou os primeiros anos do curso. Depois, transferiu-se para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde recebeu foi diplomado em 1890, depois de defender sua tese sobre nefrites.
Ainda estudante, militou no "Correio do Povo", redigido por Alcino Guanabara.
Em 1891, foi nomeado médico da Polícia Militar do Rio de Janeiro. No ano seguinte, passou a tenente-cirurgião da Brigada Policial, posto que ocupou até maio de 1894.
Em 1896, foi nomeado sub-diretor do Pedagogium, com as funções de diretor interino, cargo para o qual foi efetivado em março de 1897.
Em 1898, ocupou a cadeira de Moral e Cívica da Escola Normal, da qual foi transferido para a de Pedagogia.
Em 1902 e 1903, esteve na Europa, mandado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a fim de estudar os estabelecimentos pedagógicos daquele continente.
Regressando da Europa, organizou, o primeiro laboratório de pedagogia criado no Brasil.
Em 1905, foi diretor interino da Instrução Pública do Rio de Janeiro e em 1906 foi nomeado diretor geral da Instrução Pública do Distrito Federal.
Em 1907, foi eleito deputado estadual e como deputado defendeu importantes projetos no âmbito da educação.
Em 22 de novembro de 1918, foi condecorado pelo rei da Bélgica com o oficialato da Ordem Leopoldo.
Foi redator e secretário do jornal "República" e do "Pedagogium" (revista mensal publicada no Rio de Janeiro), além de redator e diretor da revista "Educação e Ensino".
Fundou, com Thomaz Delfino e Rivadávia Correia, a revista "Universal". Foi redator da revista "Leitura para Todos", de circulação nacional, e colaborou nos periódicos "Notícias", "Tribuna", "Jornal do Comércio", "Ilustração Brasileira" e em "O País".
Sua bibliografia é extensa. Delas destacamos "A América Latina", publicada em Paris, no ano de 1905 (trabalho de 432 páginas, sobre a realidade do Brasil e da América Latina).
Escreveu "Prática da língua Portuguesa", "O Progresso pela Instrução", "Compêndio de Zoologia", "Alucinações auditivas dos perseguidos", "Livro de Leitura", "Olavo Bilac", "Elementos de Zoologia e Botânica", "Anatomia e Psicologia Animais", "Anatomia e Psicologia Vegetais", "História das Terras Brasileiras", "O Crime", "O Respeito à Criança", "Uma Carta", "A Cartilha", "Lições e Leituras", "Crianças e Homens", "O Livro dos Mestres". "A Obra do Germanismo", "Lições de Pedagogia", "Pensar e Dizer", além de vários discursos, pareceres e ensaios.
Faleceu em 21 de abril de 1932, na capital da República.
Fonte: Médicos Ilustres da Bahia e de Sergipe), com informações da extinta comunidade do Orkut História da Ilha do Governador
Foto: Médicos Ilustres da Bahia e de Sergipe)