Jorge de Oliveira Veiga nasceu em 14 de abril de 1910 no Engenho de Dentro, bairro do subúrbio carioca. Teve infância de menino pobre, trabalhando como engraxate, vendedor de frutas e pirulitos. Quando adulto, trabalhou como pintor de paredes e, ao cantar durante o serviço, o proprietário da casa comercial que estava pintando percebeu suas qualidades, conseguindo que ele cantasse num programa da Rádio Educadora do Brasil (PRB-7), oportunidade que deu início à sua carreira.
Em 1934, iniciou a carreira artística em circos e pavilhões no Rio. No mesmo ano, começou a se apresentar imitando Sílvio Caldas no programa Metrópolis na Rádio Educadora.
Em 1942, quando atuava na Rádio Guanabara, conheceu Paulo Gracindo, figura que teve grande importância em sua carreira, o que transparece neste depoimento: "Gracindo foi a luz que apareceu na minha vida. Me ensinou a cantar sempre sorrindo, para dar mais leveza à interpretação e divertir mais os ouvintes". No Carnaval de 1947, fez sucesso com o samba "Eu quero é rosetar!", de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, amplamente executado pelas rádios.
Em 1948, gravou os sambas "Testamento de sambista", de Raul Marques e Alberto Maia e "O doutor quer falar com você", de Wilson Batista e Alberto Maia. Em 1949, gravou com o acompanhamento de Geraldo Medeiros e seu conjunto, os sambas "Eu não sou marinheiro", de Osvaldo dos Santos e Djalma Mafra, "Deixa eu viver minha vida", de Ary Monteiro e "Carne de gato", de Ari dos Santos e Gentil Leal e o choro "Confusionista", de José Leocádio. Em 1950, lançou o samba "Cala a boca, Etelvina", de Antônio Almeida e Wilson Batista, também com acompanhamento de Geraldo Medeiros e seu conjunto. No mesmo ano, gravou os sambas "Me deu um breve", de Raimundo Olavo e Oldemar Magalhães, "Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro e "Medalha dourada", de Otolindo Lopes e Arnô Provenzano. No mesmo período, gravou em dueto com Paulo Gracindo o samba "Fizeram moamba", de Amado Alves e em dueto com Ademilde Fonseca, o samba "Carne seca com tutu", de Ary Barroso e Vilma Azevedo, que fez bastante sucesso naquele ano.
Em 1951, gravou com a Orquestra Tabajara de Severino Araújo.
A partir de 1951, na Rádio Nacional, ficou famoso pelo bordão criado por Floriano Faissal, com o qual iniciava seus programas: "Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil, aqui fala Jorge Veiga, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Estações do interior, queiram dar os seus prefixos para guia de nossas aeronaves".
Em 1954, gravou os sambas "Para esquecer", de Ivo Santos e Ai Cordovil, "Não posso mais", de Haroldo Lobo, Milton de Oliveira e Claudionor Santos e "Eu sou o samba", de Arnô Canegal e Orlando Soares, a marcha "Eu tenho uma nêga", de Gomes Cardim, Manezinho Araújo e David Raw, o choro "Sou Flamengo", de Carlos Renato e Pedro Caetano e o baião "Quero me casar", de Gordurinha. Em 1955, lançou duas composições da dupla Haroldo Lobo e Milton de Oliveira: o samba "Não vou morrer" e a marcha "Tira essa mulher da minha frente", sendo que essa última, além de sucesso no Carnaval, foi escolhida por um júri reunido no Teatro João Caetano como um das 10 mais populares marchas do Carnaval daquele ano. No mesmo ano, gravou o samba "Café soçaite", de Miguel Gustavo, uma bem-humorada sátira ao "café soçaite" e ao colunismo social carioca dos anos 1950.
Em 1959, conheceu novo grande sucesso com a regravação do samba "Acertei no milhar", de Wilson Batista e Geraldo Pereira, que virou um marco na sua carreira.
Em 1962, fez sucesso com a marcha "Garota de Saint-tropez", de João de Barro e Jota Jr. Em 1964, fez grande sucesso no Carnaval com o samba-coco "Bigorrilho", de Paquito, Romeu Gentil e Sebastião Gomes, que se tornou depois obrigatório em seus shows.
Morreu em 29 de junho de 1979, no Rio de Janeiro.
Fonte: Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira
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