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Ismael Nery nasceu em Belém do Pará, a 9 de outubro de 1900 e faleceu no Rio de Janeiro, em 6 de abril de 1934.
Pintor brasileiro de influência surrealista, descendente de indígenas, africanos e holandeses, em 1909 mudou-se com a família para o Rio. Em 1915, ingressou na Escola Nacional de Belas Artes. Viajou pela Europa em 1920, tendo frequentado a Academia Julian, em Paris. De volta ao Brasil, trabalhou em arquitetura no Patrimônio Nacional do Ministério da Fazenda, onde conheceu o poeta Murilo Mendes que se tornaria seu grande amigo.
Em 1922, casou-se com a poetisa Adalgisa Ferreira (Adalgisa Nery). Nessa época realizou obras de tendência expressionista. Em 1926, deu início ao seu sistema filosófico de fundamentação católica e neotomista, denominado de Essencialismo. Em 1927 fez nova viagem à Europa, onde entrou em contato com Marc Chagall, André Breton e Marcel Noll, dentre outros surrealistas. Sua obra sofreu, também, a influência metafísica de Giorgio de Chirico e do Cubismo de Picasso. Seus temas remetem-se sempre à figura humana: retratos, autorretratos e nus. Não se interessou pelos temas nacionais, indígenas e afro-brasileiros, que considerava regionalistas e limitados. Dedicou-se a várias técnicas aplicadas em desenhos e ilustrações de livros. Foi, também, cenógrafo. Em 1929, depois de uma viagem à Argentina e Uruguai, um diagnóstico revelou que ele era portador de tuberculose, o que o levou a internar-se num sanatório pelo período de dois anos. Saiu de lá aparentemente curado porém, em 1933, a doença voltou de forma irreversível.
A partir daí, suas figuras tornaram-se mais viscerais e mutiladas.
Morreu em 1934, aos 33 anos, no Rio de Janeiro. Foi enterrado vestindo um hábito dos franciscanos, numa homenagem dos frades à sua ardorosa devoção católica.

Fonte: Wikipedia
Foto: www.pinturasemtela.com.br

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