Praça Iaiá Garcia (Ribeira) - CEP: 21930-040

(antiga Praça Djalma Dutra, anteriormente Marechal Fontoura)


"Iaiá Garcia" (ou "Yayá Garcia", segundo a grafia da época) é o último romance da chamada fase romântica de Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 - Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908), publicado em 1878.
Na trama, Iaiá era filha de Luís Garcia, viúvo e servidor público, que nela concentrava todos os seus afetos. Quando a história principia, ele está com 41 anos e Iaiá com 11 estuda em colégio interno e, nos fins de semana, é a fonte de toda a alegria do pai, em cuja casa reina a solidão.
Luís Garcia tem uma amiga, também viúva, Valéria Gomes, mãe de Jorge.
Jorge está apaixonado pela filha de um ex-empregado de seu falecido pai, Estela, que vive na mesma casa. Para afastá-lo de Estela, por não a julgar digna de sua posição social, a mãe força-o a alistar-se como voluntário para lutar na guerra contra o Paraguai. Mas Jorge não esquece a sua amada e tem verdadeiro choque ao saber que ela se casara com Luís Garcia, que a isso foi levado, entre outras razões, pelas boas relações entre Estela e sua filha Iaiá.
A partir daí, a história evolui ao longo do tempo, com o regresso de Jorge, sua mãe já morta, a influência do novo amigo que fizera no Paraguai, encontros e desencontros, risos e lágrimas, até a morte de Luís Garcia. E Jorge acaba por se casar com Iaiá.
Até 1966, o logradouro chamava-se Praça Djalma Dutra, em homenagem ao oficial do Exército Djalma Soares Dutra, que nasceu em 1895 e falaceu em outubro de 1930, quando tomava parte na tomada do 4º Regimento de Cavalaria, sediado em Três Corações (MG).
Militar, Djalma Dutra cursou a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Em 1922, envolveu-se com os movimentos revolucionários daquele ano e foi considerado desertor quando servia no regimento de Dom Pedrito (RS).
Teve participação destacada na Coluna Prestes, comandando um dos quatro destacamentos em que se dividia o exército rebelde que percorreu cerca de 25 mil quilômetros pelo interior do Brasil entre 1925 e 1927. Após as tropas da Coluna, já desgastadas pela longa marcha, terem abandonado o território brasileiro, encerrando aquela fase da luta, exilou-se na Argentina junto com a maioria dos demais líderes revolucionários. Em 1929, viajou clandestinamente ao Brasil, em companhia de Siqueira Campos, para preparar uma insurreição em São Paulo. Em janeiro de 1930, foi preso na capital paulista mas logo conseguiu fugir da prisão, retornando imediatamente ao trabalho revolucionário.
Com a derrota da candidatura oposicionista de Getúlio Vargas nas eleições presidenciais realizadas em março daquele ano, voltou a São Paulo para preparar a deflagração do movimento armado que visava depor o presidente Washington Luís. Em seguida, viajou a Buenos Aires para tentar convencer Luís Carlos Prestes a não divulgar um manifesto que havia redigido com violentas críticas aos líderes do movimento. Em outubro, quando a revolução teve início, encontrava-se em Minas Gerais, onde participou de combates.
A praça foi urbanizada na administração de Henrique Dodsworth, em 1938.
Até então era apenas um largo descampado onde o bonde fazia o retorno, denominada Praça Marechal Fontoura.

Agradecimentos ao Prof. Jaime Moraes por parte das informações
Fonte: Wikipedia, www.algosobre.com.br, extinto fotolog Ilha Hoje e FGV/CPDOC
Reprodução da capa: Senado Federal
Foto: Marc Ferrez

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