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Sobre política e escrito em 1919 (e reeditado em 1948), o ensaio "Grão de Areia" (que tem por subtítulo "Estudos do Nosso Tempo") é um livro de Gilberto Amado.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1963, Gilberto de Lima Azevedo Souza Ferreira Amado de Faria, político, ensaísta, memorialista e diplomata, nasceu em Estância (SE), em 7 de maio de 1887, e faleceu no Rio de Janeiro, a 27 de agosto de 1969.
Era o primeiro dos 14 filhos do casal Melchisedech Amado e Ana Amado. Fez os estudos primários em Itaporanga, também no interior do Sergipe. Depois estudou Farmácia na Bahia e diplomou-se pela Faculdade de Direito de Recife, da qual se tornou, ainda muito moço, catedrático de Direito Penal.
Em 1910, transferiu-se para o Rio de Janeiro, iniciando a sua colaboração na imprensa, no "Jornal do Commercio" com um estudo sobre Luís Delfino. Passou depois a ocupar uma coluna semanal, em "O País". Em 1912, realizou sua primeira viagem à Europa assunto de um de seus livros de memórias e em 1913, pronunciou, no salão nobre do "Jornal do Commercio", a convite da Sociedade dos Homens de Letras, uma conferência em que fez o elogio do espírito contemplativo "A Chave de Salomão", que no ano seguinte, juntamente com outros escritos, seria publicada em livro.
Em 1915, foi eleito deputado federal por Sergipe e em 1926, senador pelo mesmo estado. Sua atuação na Câmara se fez sentir, sobretudo, através de discursos que se tornaram famosos, como o que pronunciou na sessão de 11 de dezembro de 1916 sobre "As instituições políticas e o meio social no Brasil". Nos últimos anos da República Velha, exerceu mandato no Senado, até encerrar-se a sua carreira política, com a Revolução de 1930. Em 1931 realizou uma série de conferências sobre regime eleitoral, publicado no livro Eleição e Representação" (1932). Por essa época, voltou ao magistério superior, na Faculdade Nacional de Direito do Distrito Federal, iniciando um novo e fecundo período em sua vida, de estudos e trabalhos. A Comissão de Direito Internacional criou em sua homenagem a "Amado Lectures", que anualmente é proferida por um especialista em direito internacional.
Em 1934, foi nomeado consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores, sucedendo a Clóvis Beviláqua. Desse posto passou a embaixador, sendo a sua primeira missão junto ao governo do Chile (1936). De 1939 a 1947, esteve na Finlândia. A partir de 1948, tornou-se membro da Comissão de Direito Internacional da ONU, sediada em Genebra. Foi também delegado do Brasil a todas as sessões ordinárias da Assembleia Geral da ONU, desde as primeiras, realizadas ainda em Lake Success, logo depois da assinatura da Carta de São Francisco, até à última a que pôde comparecer, em Nova Iorque em 1968.

Fonte: ABL, Wikipedia e Fundação Alexandre de Gusmão
Reprodução da capa: http://books.google.com.br
Foto: ABL

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