Estrada Governador Chagas Freitas (Moneró/Portuguesa) - CEPs: 21920-330, 21920-331, 21932-819 e 21920-820


Antiga Estrada de Tubiacanga, a via leva o nome em homenagem a Antônio de Pádua Chagas Freitas (1914-1991), que nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Diplomado em Direito em 1935, começou a trabalhar como jornalista. Em 1938, entrevistou pelo "Jornal da Tarde" o interventor de São Paulo, Adhemar de Barros, com quem ingressou na União Democrática Nacional (UDN), compondo a chamada "esquerda democrática" do partido.
Em 1950, concorreu a deputado federal pelo Partido Social Progressista (PSP), oriundo do antigo Partido Republicano Progressista (PRP), criado por Adhemar. Em 1950 e 1951, fundou com Adhemar os jornais "A Notícia" e "O Dia", visando a aumentar a penetração no Rio de Janeiro do PSP, agremiação essencialmente paulista. Em 1954, elegeu-se à Câmara Federal pelo PSP e, embora tenha rompido relações com Adhemar de Barros, renovou seu mandato pelo partido em 1958. Em 1962, ingressou no Partido Social Democrático (PSD), garantindo novo mandato.
Após o golpe de 1964, que contou com amplo apoio de Chagas e seus jornais, ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em 1966, reelegeu-se deputado federal com ampla margem de votos, além de garantir a eleição, para a Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara, de antigos correligionários do PSP que seguiam sua liderança, marcando assim o início da "corrente chaguista" do MDB.
Com o auxílio da poderosa máquina publicitária representada pelo jornal "O Dia", passou a controlar diretórios do MDB na Guanabara. Eleito governador do estado em 1970 pela via indireta, ampliou o seu controle político sobre a agremiação oposicionista, adotando uma postura de apoio ao regime militar. Com a fusão da Guanabara com o estado do Rio, sua liderança passou a ser bastante questionada por políticos ligados ao ex-governador Amaral Peixoto. Encerrou o mandato em 1975 e pediu o seu desligamento do MDB quando se intensificaram as disputas internas.
Em 1977, reingressou no partido, para no ano seguinte ser eleito por via indireta governador do estado do Rio de Janeiro. Com o fim do bipartidarismo, filiou-se ao Partido Popular (PP), agremiação que tinha como objetivo representava uma alternativa moderada para a transição brasileira. A mudança na legislação eleitoral, o obrigou a deixar a agremiação e ingressar no PMDB, em 1982. Seu candidato a sucessão ao governo do estado, Miro Teixeira, foi derrotado nas eleições diretas de novembro de 1982. Era a primeira grande derrota do chaguismo. Deixou o governo em março de 1983. Faleceu no Rio de Janeiro.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Rio (www.alerj.rj.gov.br), citando ABREU, Alzira de & BELOCH, Israel (coords.) e "Dicionário histórico-biográfico brasileiro: 1930-1983". Rio de Janeiro. Ed. Forense Universitária: FGV/CPDOC: FINEP, 1984, v.2
Foto: Ubirajara/Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro

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