Manuel Luís Osório - primeiro e único barão, visconde e marquês do Herval - nasceu no RS, em Conceição do Arroio (que posteriormente, tomou o nome de Osório), em 10.05.1808.
Foi um militar, político e monarquista brasileiro. De praça do Exército Imperial aos 15 anos de idade, galgou todos os postos da hierarquia militar de sua época, mercê dos atributos de soldado que o consagram como "O Legendário". Participou dos principais eventos militares do final do século XIX, sendo herói da Guerra da Tríplice Aliança.
Quarto filho de uma humilde família de 14 filhos, aprendeu a ler e escrever sem ter feito estudos regulares. Em 1.05.1823, com 15 anos incompletos, alistou-se como voluntário na Cavalaria da Legião de S. Paulo e acompanhou o regimento de seu pai na luta contra as tropas portuguesas do brigadeiro D. Álvaro da Costa, estacionadas na Cisplatina (atual Uruguai), durante a Guerra da Independência (1822/23). Contava apenas 15 anos quando teve seu batismo de fogo à margem do arroio Miguelete (13 de maio), nas proximidades de Montevidéu, em um combate contra a cavalaria portuguesa. Um ano depois, foi designado cadete e, mais tarde, alferes do 3º Regimento de Cavalaria da primeira linha.
Em 1824, inscreveu-se na Escola Militar. Preparava-se para seguir os estudos militares quando sua inscrição foi anulada devido à guerra iminente no Sul do país. Teve de enfrentar nova campanha, na Guerra Cisplatina, entre 1825 e 28. Em 12.10.1825, junto ao arroio Sarandi, sob o comando de Bento Manuel, o alferes Osório combateu os orientais à testa de seus lanceiros e se destacou não apenas por ser o único oficial do seu esquadrão a sobreviver à batalha de Sarandi, mas também por salvar a vida de seu comandante.
Em 20 de fevereiro de 1827, na Batalha de Passo do Rosário (Ituzaingó), seus lanceiros foram o único corpo de tropa brasileira que não foi desbaratado durante a batalha. Em outubro, foi promovido a tenente e participou das conversações de paz com a desanexação da Cisplatina e reconhecimento da independência do Uruguai.
Firmada a paz, recolheu-se com seu regimento a Rio Pardo, onde passou a morar, consagrando-se à política pelo Partido Liberal. Em 15.10.1835, casou-se com Francisca Fagundes, tendo como padrinho Emílio Mallet, que, posteriormente, lutaria a seu lado na Campanha da Tríplice Aliança. Em 1835, irrompia na província gaúcha a Guerra dos Farrapos, caracterizada por agitações separatistas que, por 10 anos, ameaçou a unidade do Império. De espírito liberal, Osório teve simpatia pela causa farroupilha, combatendo iniciando ao lado dos rebeldes, até a proclamação da República Rio-grandense (República de Piratini), em 1836, quando o movimento tomou feição separatista, o que ele não aceitou, motivo pelo qual integrou-se ao Exército Imperial, no qual permaneceu até o fim da revolta.
Participou, ainda, nos combates contra os rebeldes em Porto Alegre, Caçapava e Erval. Tornou-se capitão em 1838 e major em 1842. Em 1844, solicitou sua reforma, mas o Exército não querendo dispensá-lo, nomeou-o tenente-coronel. Em 1851, é enviado mais uma vez a Montevidéu em virtude de nova instabilidade na região do escoadouro do Prata, intervindo com seu regimento contra o presidente argentino Rosas e uruguaio Oribe. Promovido a coronel no campo de batalha, por merecimento, em 3.03.1852, esteve a servir, durante alguns anos, no RS. Promovido a brigadeiro-graduado em dezembro de 1856, logo depois foi incumbido de organizar uma expedição para descobrir ricos ervais, entre os rios Pindaí e Sebolati, no Alto Uruguai. Bem-sucedido na missão, veio a receber mais tarde o título de marquês do Herval. Em 1º.06.1867, é promovido a tenente-general, penúltimo posto da hierarquia militar.
Por decreto de 2.06.1877, foi-lhe outorgada a patente de marechal. Com o Partido Liberal no poder, foi nomeado ministro da Guerra, permanecendo no cargo até a sua morte de pneumonia, em 4.10.1879, no Rio de Janeiro, aos 71 anos.
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