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Professor de Geografia, Francisco Portugal Neves nasceu no dia 2 de abril de 1896, no Alto Imbé, em Santa Maria Madalena (no Norte Fluminense), filho de Francisco José Gonçalves Neves Jr. e de Jesuína Portugal Neves.
Membro de uma família numerosa (10 irmãos), aprendeu a ler na Escola Professor Mariano Alves Corrêa de Oliveira (Cucula), Cursou o ginásio no Colégio Salesiano, de Santa Rosa, em Niterói; e Lorena, São Paulo. Orientado pelo irmão mais velho, Aristeu, abraçou, a exemplo do irmão, a carreira do magistério, à qual se dedicou inteiramente.
Começou a exercer o magistério em 1938, lecionando no Mosteiro de Campos.
Foi professor nos colégios Salesiano, Nossa Senhora das Mercês, Brasil, São Bento, Guanabara, Icaraí e Figueiredo Costa, em Niterói. Foi também professor e diretor da Escola Normal e do Colégio Pedro Palácios, em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, fundado por seu irmão Professor Aristeu Portugal Neves.
Foi tesoureiro do Sindicato dos Professores do Ensino Comercial de Niterói e nos anos 40, foi membro da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, além de examinador de Geografia pelo Departamento Nacional de Ensino.
Em 1963, foi operado duas vezes. Por ser diabético, teve de amputar uma das pernas e não conseguia se adaptar com perna mecânica. Por essa razão, pouco se locomovia, pois era muito alto, e tinha dificuldade para andar de muletas.
Em entrevista ao "Caderno Encontro", do jornal "O Fluminense", de 27 de abril de 1973, dizia que "o estudo da Geografia não pode ser feito em sala de aula e sim na própria terra."
Segundo ele "não adianta falar muito, o negócio é levar os meninos até lá para verem de perto o que é esse monstro chamado Brasil." Confessava-se um "nacionalista radical" que, certa vez, rejeitou um convite para ir à Europa só porque ainda não conhecia os estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso. E quando conheceu preparou-se para ir estudar os incas, na Bolívia, "depois então é que dei chance aos europeus de pisar na terrinha deles".
No mesmo ano da entrevista, recebeu um convite para dirigir o Ginásio de Casimiro de Abreu, mas sua saúde o impediu de aceitar a proposição.
Viveu seus últimos anos no seu Alto Imbé, onde recebia caravanas de ex-alunos, que fretando ônibus, vinham de longe visitá-lo (Niterói e Cachoeiro do Itapemirim).
Faleceu aos 78 anos, no dia 16 de agosto de 1974.
Além do logradouro na Ilha, dá nome a uma escola municipal em Piratininga (Niterói).

Fonte: "O Globo", de 14 de janeiro de 1932 e de 15 de setembro de 1959 (http://empfniteroi.blogspot.com.br) e Casa de Cultura Madalena (http://casadaculturamadalena.blogspot.com.br)
Foto: "O Fluminense", de 27 de abril de 1973 (http://empfniteroi.blogspot.com.br)

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