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Poeta, jornalista e teatrólogo, Francisco Lobo da Costa nasceu em Pelotas (RS), no dia 12 de julho de 1853.
Marcado pelo então chamado "mal do século", é um dos nomes mais expressivos do movimento romântico da Literatura do Rio Grande do Sul.
Filho de Antônio Cardoso da Costa e de Jacinta Júlia da Costa, um casal de classe média, despertou para a poesia aos 12 anos, ao publicar, no jornal "Eco do Sul", um poema em que celebrava a retomada de Uruguaiana pelas tropas brasileiras, durante a Guerra do Paraguai.
Aos 15 anos, empregado na estação de telégrafo local, ele já lia e recitava Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. Inspira-se em Gonçalves Dias para criar uma poesia de temática indianista. Aos 16 anos, escreveu "Heloísa", trabalho de ficção, em que demonstra sua preocupação com as desigualdades sociais.
A partir daí, começa a publicar com freqüência seus poemas em jornais nos quais trabalha como redator e repórter. Criou, em 1869, um semanário literário, "A Castália", que circulou até o ano seguinte.
Em 1874, viaja para São Paulo com o propósito, não concretizado, de estudar Direito. Lá convive com estudantes e intelectuais e leva uma vida boêmia que prejudica sua saúde. Publica "Lucubrações" nesse ano. Debilitado pela doença, parte de São Paulo em 1875, com destino à terra natal, mas acaba por se estabelecer por algum tempo na Ilha do Desterro, atual Florianópolis.
De volta a Pelotas, em 1876, a vida boêmia e desventuras amorosas lhe trazem conflitos com a conservadora sociedade local. Casou-se em 1879, em Jaguarão, com Carolina Augusta Carnal, com quem tem uma filha, Amanda.
A partir de 1881, perambula por várias cidades do Rio Grande do Sul, colaborando com jornais locais e compondo poesias. Em 1883, por encomenda de um grupo amador de Dom Pedrito, escreve uma peça teatral, "O Filho das Ondas".
Em 1885, é internado pela primeira vez e, a partir daí, sua vida se divide entre hospitais e bares. No dia 18 de junho de 1888, deixa sem autorização a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e se dirige a uma região de bares chamada de Santa Cruz. No fim da tarde de inverno, é visto em tal região bebendo. É encontrado morto na manhã seguinte (19 de junho de 1888), aos 34 anos, por um carroceiro, estando nu, caído numa vala tomada pelas águas da chuva. Ladrões haviam roubado seus pertences e suas roupas.

Fonte: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Wikipedia
Ilustração: Wikipedia

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