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Publicado em 1947, "Eurídice" é um romance de José Lins do Rego (Pilar/PB, 3 de junho de 1901 - Rio de Janeiro, 12 de setembro de 1957).
A obra é dividida em duas partes (ambas de capítulos curtos): a primeira descreve a infância dramática da personagem principal. Na segunda, sua adolescência afetada pelo drama da infância.
Na primeira parte, o cenário é a cela de um presídio no Rio. O personagem principal é o prisioneiro Júlio, 20 anos de idade, estudante de Direito e morador de uma pensão no Catete. Na falta do que fazer resolve escrever sobre sua vida e dizer só a verdade.
Filho temporão, Júlio tem duas irmãs e a mãe, D. Leocádia, mulher amarga que demonstra desamor doentio por ele.
Isidora, a irmã mais moça, dá a ele todo o amor que a mãe nega. Ela fica noiva de um médico, com total apoio da mãe, ganha posição privilegiada e provoca a inveja da irmã mais velha, casada contra a vontade da mãe. Muitas brigas ligadas à herança ocorrerão, inclusive na Justiça.
Júlio direciona para a irmã o amor que seria para a mãe, de forma doentia e com muito mais intensidade (do que seria o normal. Na mesma medida que ama a irmã ele odeia o noivo que considera estar roubando o amor que é dele.
Metade dos escritos na cela é para descrever o drama do menino de 10 anos implorando, sem sucesso, uma demonstração de carinho. O amor por Isidora também é um sentimento bem complicado envolvendo um ciúme doentio da irmã e o ódio pelo noivo.
A segunda parte da obra fala de sua vida de jovem universitário com os problemas normais de todo rapaz. A dona da pensão é D. Glória que tem três filhos: Jaime, Noêmia e Eurídice, moça sem juízo e que mantém um caso com Faria, companheiro de quarto de Júlio, que observa um relacionamento do companheiro com Eurídice e finge dormir. No início, fingia dormir para não perturbar. Depois passa a sentir uma forte excitação que irá dominá-lo completamente. Passa a odiar o companheiro e a desejar Eurídice incontrolávelmente. Eurídice gostava de Faria e para tê-la cogita a morte do rival. Nessa ocasião, Faria começa a participar do movimento integralista e acaba morrendo.
Eurídice mostra-se indiferente e ela que, já antes da morte de Faria, dera esperanças a Júlio, vai ao seu quarto algumas vezes apenas para conversar e depois recua definitivamente deixando-o transtornado.
Eurídice torna-se uma obsessão e Júlio não consegue pensar em mais nada. Marcam um encontro num bosque. Júlio tenta beijá-la e ela se afasta.
Júlio é possuído por um ódio intenso que domina todo o seu ser. Vem-lhe à mente todo o drama familiar. Ele a agarra e termina por esganá-la.

Fonte: Wikipedia, www.vestibular1.com.br e "Quebra-Coco, nosso bairro e nossas ruas"
Reprodução da capa: http://books.google.com.br
Foto: ABL

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