Carioca de nascimento, mas formado pela Universidade de Coimbra em maio de 1792, Antônio Joaquim de Medeiros foi médico sanitarista.
Em 1798, o Senado da Câmara do Rio de Janeiro, órgão responsável pela administração da cidade, ao elaborar e aplicar um questionário dirigido aos médicos locais, manifestou sua preocupação com o estado sanitário do principal núcleo urbano do Brasil Colônia. Desejava-se conhecer melhor as doenças endêmicas e epidêmicas presentes, suas possíveis causas e os meios mais indicados para inibir suas manifestações. A divulgação das respostas ao questionário, prontamente respondido por três médicos portugueses - Manoel Joaquim Marreiros, Bernardino Antônio Gomes (ambos nomes de ruas no entorno) e Antônio de Medeiros, só ocorreu muito tempo depois, em 1813, quando o resultado da enquete foi publicado nos primeiros números do periódico científico-cultural "O Patriota".
Antônio Joaquim de Medeiros foi um dos que solicitou à rainha D. Maria I o arrasamento dos morros de Santo Antônio e do Castelo.
Fonte: www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59701999000300006, http://repositorio.ul.pt, "Tesouros do Morro do Castelo - Mistério e História nos Subterrâneos do Rio de Janeiro", de Carlos Kessel; e "Memórias do Urbanismo na Cidade do Rio de Janeiro 1778-1878: Estado, Administração e Práticas de Poder", de Lúcia Silva
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