Dante Santoro nasceu em 18.06.1904, em Porto Alegre; transferiu-se para o Rio em 1919. Ingressou na Rádio Educadora, estabelecendo-se posteriormente na Nacional, onde atuou por 33 anos. Em 1934, lançou seu primeiro disco como solista pela gravadora Victor com as valsas "Beatriz" e "Saudades do Jango", ambas composições de Otávio Dutra. No mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, a valsa "Hilda". Em 1935, gravou o choro "Não tem para ti" e a valsa "Gilca", ambas de sua autoria. No mesmo ano, gravou a valsa "Subindo ao céu", de Aristides Borges e o choro "Esquecimento", de sua autoria. No ano seguinte, gravou a valsa "Marlene", de sua autoria. Em 1937, lançou "Só na minha flauta" e "Olhos magos", ambas de sua autoria. No mesmo ano, gravou com seu conjunto a valsa "Dores d'alma", de José Bittencourt e o choro "É logo ali", de sua autoria. Também no mesmo ano, suas valsas "Horas tristes" e "Murmúrios d'alma", parcerias com Corinto Álvares foram gravadas por Manoel Reis na Victor com acompanhmento de seu regional. Ainda em 1937, alcançou sucesso com a valsa-canção "Lágrimas de rosa", composta em parceria com Kid Pepe e gravada no mesmo ano por Orlando Silva.
Em 1938, gravou com seu conjunto o choro "Harmonia selvagem" e a valsa "Suzana", de sua autoria. No mesmo ano, Vicente Celestino gravou na Victor sua valsa "Gilka", com letra de Milton Amaral. Em 1939, gravou com seu conjunto o choro "Quando a minha flauta chora" e a valsa "Exaltação", de sua autoria. No mesmo ano, Vicente Celestino duas composições suas com letras de Godofredo Santoro: a canção "Ilusão de garoto" e a valsa "Martírios". No mesmo ano, acompanhou com seu regional o cantor Murilo Caldas e a cantora Lolita França no choro "Seu guarda prenda esse homem" e no samba "Lourinha audaciosa". Em 1940, gravou em solo os choros "Alma de beduíno" e "Teu feitiço", de sua autoria.
Em 1942, transferiu-se para a Odeon e gravou o choro "Castigando" e a valsa "Sonho", de sua autoria, lançadas em 43, ano em que compôs com Sila Gusmão a marcha "Olha o jacaré", gravada por Gilberto Alves na Odeon. Em 1943, sua valsa "Olhos magos" ganhou letra de Godofredo Santoro e foi gravada na Odeon por Orlando Silva. No mesmo ano, Sila Gusmão colocou letra na valsa "Páginas mortas", que foi gravada por Gilberto Alves, também na Odeon. Em 1946, gravou em solos de flauta a polca choro "Deixa prá la" e a valsa "Maria Rosa", de sua autoria. Em 1948, sua valsa "Vidas mal traçadas", com letra de Sila Gusmão foi gravada na Odeon por Francisco Alves e obteve grande sucesso no ano seguinte.
Em 1950, gravou os choros "Flauta selvagem", de Ernad; e "Sempre nós", de Otávio Dutra, este, com acompanhamento do grupo vocal Trigêmeos Vocalistas. No mesmo ano, gravou o choro "Urubu malandro", do folclore com adaptação de Louro. No ano seguinte, gravou os choros "Não tem pra ti" e "Teu feitiço", de sua autoria, o baião "Moleque vagabundo", de Louro e Mário Rossi e a clássica valsa "Subindo ao céu", de Aristides Borges. Em 1952, gravou o maxixe "O mulatinho", de Belmácio Pessoa Godinho e os choros "Quando a minha flauta chorou", "Bagaço" e "Chorei", de sua autoria. Em 1953, gravou o baião "Quando eu for bem velhinho", de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, o bolero "Lamento árabe", de sua autoria e o choro "Inferno de Dante", de sua autoria.
Em 1954, transferiu-se para a Sinter e lançou com seu regional os choros "Delírio chinês" e "No bar do Osvaldo", de sua autoria. No ano seguinte, gravou com seu regional o bolero "Lamento árabe", parceria com Ghiaroni e o choro "Murmúrios", de sua autoria. Em 1956, gravou com seu conjunto a polca "Mate amargo", de sua parceria com Ghiaroni e a valsa "Posso sofrer", de sua autoria, sendo essa sua última gravação, afastando-se gradativamente da vida artística a partir de então.
Faleceu em 12.08.1969 no Rio de Janeiro.
Com informações do Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira
Foto: http://vivendonaflauta.blogspot.com