José da Costa Carvalho (primeiro barão, visconde e marquês de Monte Alegre) nasceu em Salvador, em 7 de fevereiro de 1796 e faleceu em São Paulo, a 18 de setembro de 1860.
Foi um político e magistrado brasileiro, membro da Regência Trina Permanente e primeiro-ministro do Império do Brasil, de 8 de outubro de 1849 a 11 de maio de 1852.
Estudou na Universidade de Coimbra, bacharelando-se em 1819. De volta ao Brasil, foi nomeado juiz de fora em São Paulo. Elegeu-se, em 1823, deputado para a primeira Assembleia Nacional Constituinte brasileira.
Eleito deputado pela Bahia à Assembleia Geral nas legislaturas de 1826 a 1833, em 1827 fundou "O Farol Paulistano", primeiro periódico impresso e publicado em São Paulo.
Após a abdicação de D. Pedro I, em 1831, foi eleito para a Regência Trina Permanente, com o brigadeiro Francisco de Lima e Silva e João Bráulio Muniz.
Como a Abdicação não era esperada pelos partidos, foi um acontecimento que encheu de apreensões os patriotas. Os exaltados aproveitaram-se do pasmo em que ficara a população e foram agitando o espírito popular com a propaganda de idéias subversivas. Teriam lançado o país, e principalmente a capital do Império, em anarquia, se um grupo de senadores e deputados não tivesse assumido a direção da política nacional em tão grave conjuntura. Reunidos no Paço do Senado, os representantes da nação, em número de 62 (26 senadores e 36 deputados) resolveram, na manhã de 7 de abril de 1831, nomear uma Regência Trina provisória que governasse em nome do imperador, de seis anos. A Primeira Regência foi composta do marquês de Caravelas, do general Francisco de Lima e Silva e de Nicolau de Campos Vergueiro. Logo no dia seguinte, formou-se o Ministério, sendo reconvocados os ministros que D. Pedro demitira. A Regência publicou um manifesto ao país, explicando os acontecimentos e aconselhando prudência, espírito de ordem e união de todos os brasileiros. O estado de exaltação não se circunscrevia ao centro onde se desdobravam os fatos. Por todo o Brasil reinavam dissensões. No Pará, no Maranhão, na Bahia, no Ceará, em Pernambuco, em Minas Gerais, repetiam-se distúrbios, principalmente conflitos entre brasileiros e portugueses. Na Bahia e em Pernambuco, cometiam-se atentados sem que o governo pudesse reprimi-los. Na terrível contingência, cuidou-se de normalizar a situação política, elegendo-se a Regência Trina efetiva em 17 de junho de 1831, a qual se compunha do general Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho (futuro marquês de Monte Alegre) e João Bráulio Muniz.
Afastou-se depois da política alegando motivos de saúde que mal disfarçavam o seu descontentamento com a vida pública. De volta a São Paulo, foi diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, de 1835 a 1836, tendo sido ainda senador por Sergipe (em 1839), conselheiro de Estado em 1842 e, ainda em 1842, presidente da Província de São Paulo.
Político de feitio autoritário e intransigente, foi ministro do Império de 1848 a 1852; e substituiu o marquês de Olinda na Presidência do Conselho de Ministros, em 1849, quando realizou a política de intervenção armada do Brasil no Rio da Prata.
Foi ainda presidente da Sociedade de Estatística do Brasil e da Associação Central de Colonização do Rio de Janeiro. Agraciado com o título de barão por decreto de 23 de agosto de 1841, depois visconde com grandeza por decreto de 11 de setembro de 1843, e finalmente marquês por decreto de 2 de dezembro de 1854.
Fonte e imagem: Wikipedia, com informações do Ruas Rio