Cirurgião e cientista, Eduardo Chapot Prévost nasceu em Cantagalo (Estado do Rio) no dia 25 de julho de 1864 e faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1907.
Formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Salvador (BA), em 1885, onde defendeu a tese "Formas Clínicas do Puerperismo Infeccioso e seu Tratamento". Na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, iniciou-se no magistério como preparador em Histologia, em 1888, passando a professor catedrático da Faculdade Nacional de Medicina, aos 25 anos, em 1890. Especializou-se também em Microbiologia e Anatomia Patológica, mantendo em sua residência um laboratório de pesquisas.
Chapot Prévost foi pioneiro no ensino de Histologia e da Cirurgia. Em 1901, tornou-se mundialmente famoso, quando em 30 de maio realizou a primeira separação das pacientes xifópagas Rosalina e Maria Pinheiro Davel, trabalho descrito numa série de publicações e conferências no Brasil e na Europa. As pacientes Maria e Rosalina vinham do Espírito Santo. A primeira faleceu no pós-operatório, em 5 de junho de 1901, mas Rosalina sobreviveu longos anos e na década de 1970 residia em Niterói.
Integrou-se à comissão que foi a Berlim, na Alemanha, estudar o processo do Dr. Robert Koch para cura da tuberculose, e a que reuniu no Rio de Janeiro, sob a presidência do professor Domingos Freire, para debelação da febre amarela.
Aproveitou a viagem para aprender com Metchnikov e outros mestres os mais modernos métodos de combate à peste bubônica que, na época, grassava no Brasil. Ainda na Europa, publicou um livro sobre xifopagia, acrescido de consagrador prefácio de Felix Terrier, um dos maiores cirurgiões de Paris, França. É patrono da Academia Fluminense de Medicina e foi patrono e membro titular da cadeira 81 da Academia Nacional de Medicina.
Com informações da Prefeitura Municipal de Cantagalo/Filhos Ilustres
Foto: Arquivo Público de Minas Gerais