Rua Castelo de Tomar (Cocotá) - CEP: 21910-370


O Castelo de Tomar, no Ribatejo, localiza-se na freguesia de São João Baptista, na cidade e concelho de Tomar, distrito de Santarém, em Portugal.
Construção templária na margem direita do Rio Nabão, integrou, à época da Reconquista, a chamada Linha do Tejo, juntamente com outros na região que lhe acompanham o estilo: os de Almourol, Idanha, Monsanto, Pombal e Zêzere.
Afirmando-se imperativa a operação de uma fortificação destinada a complementar a linha defensiva do acesso por Santarém à então capital, Coimbra, ao fim de um ano no arruinado Castelo de Cera, o mestre da Ordem dos Templários em Portugal, D. Gualdim Pais, filho de Paio Ramires, decidiu-se pela construção de um novo castelo, em local mais adequado, e que viria a tornar-se a sede da Ordem no país.
Não se sabe com certeza qual a razão que levou à opção por Tomar, em lugar da reforma do castelo de Cera. Alguns estudiosos afirmam que o novo sítio, em um outeiro à margem direita do rio Tomar (atual Nabão), dominando uma planície, era estrategicamente mais vantajoso. Outros argumentam que o sítio foi escolhido considerando a sua posição na linha que, em relação ao Meridiano de Paris, forma um ângulo de 34°, comum nos projetos arquitetônicos da Ordem, correspondente à diagonal da relação de 2/3 observada na constelação de Gêmeos, um dos símbolos templários.
De qualquer modo, a construção do Castelo de Tomar iniciou-se em 1º de março de 1160, conforme inscrição epigráfica em seus muros. Na mesma época, iniciou-se a construção da capela-mor, uma das edificações templárias mais importantes no Ocidente.
Diante do compromisso de promover o povoamento da região, D. Gualdim Pais concedeu o primeiro foral ao termo de Tomar já em 1162, documento posteriormente confirmado em 1174. Em 1165, a Ordem recebeu ainda os domínios de Idanha e de Monsanto, sendo-lhe prometido, em 1169, 1/3 das terras que viessem a conquistar ao sul do rio Tejo. No ano seguinte (1170), a chamada Linha do Tejo era reforçada com a construção do Castelo de Almourol.
Duas décadas mais tarde, sob o reinado de D. Sancho I (1185-1211) a contra-ofensiva Almóada de 1190 sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, após reconquistar o Castelo de Silves e o Algarve, avançou para o norte conquistando, sucessivamente, os castelos de Alcácer do Sal, Palmela e Almada (1190-1191). Transpôs em seguida a Linha do Tejo, cercando Santarém, destruindo Torres Novas e Abrantes até alcançar Tomar, que, sob sucessivos assaltos, resistiu durante seis dias defendida pelos templários, quebrando o ímpeto do invasor. Nesta ocasião, os mouros forçaram a porta do sul e penetraram na cerca exterior. A defesa dos templários foi tal que a porta de assalto ficou conhecida como Porta do Sangue.
Diante da extinção da Ordem pelo papa Clemente V (1312), o rei D. Dinis (1279-1325) acautelou a posse dos bens dela no reino. Para melhor administrá-los, criou a Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (1321), inicialmente com sede em Castro Marim, no Algarve, transferindo-lhe o patrimônio da antiga Ordem. Poucos anos mais tarde, entretanto, a sede da nova ordem foi transferida para Tomar (c. 1338).
O infante D. Henrique, na qualidade de governador da Ordem de Cristo, residiu no castelo, posteriormente, objeto da atenção de D. Manuel (1495-1521) e de D. João III (1521-1557) através de obras de restauração e reforço, quando foi ampliado o Convento de Cristo. Por ordem do primeiro, a população intramuros foi obrigada a transferir-se para a vila, junto ao rio (1499).
Em 1618, demoliu-se a torre noroeste para se ampliar a entrada no recinto do castelo.
A vila de Tomar foi elevada à categoria de cidade em 13 de fevereiro de 1844. O castelo encontra-se classificado como monumento nacional por decreto publicado em 23 de junho de 1918; e como patrimônio da humanidade pela Assembleia Geral da Unesco de 27 a 30 de junho de 1983.

Fonte: Wikipedia e Instituto Português de Arqueologia
Foto: Wikipedia



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