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Newton Braga nasceu na localidade de Rio Abaixo, em Santo Antônio da Encruzilhada, hoje Vila Salutaris, no 2 º distrito de Paraíba do Sul (RJ) a 7 março de 1882.
Seus pais, João Braga Junior e Anna Maria Duffrayer Braga, tiveram numerosa prole: Newton, Argentina, Romeu, Oswaldo, Maria Guilhermina, Jobel, Jackson e Irene.
Muito cedo, Newton revelou uma inclinação para os estudos, aliados a um gosto pela cultura em geral. Assim, com a determinação de se aprimorar, partiu para o Rio de Janeiro.
Em 1899, aos 17 anos, matriculou-se no Colégio São Bento, como estudante do externato, em virtude do qual recebeu educação gratuita.
Teve como contemporâneos Herbert Moses - que veio a ser presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) - e José do Patrocínio Filho, dentre outros.
Em 1901, ingressou na Escola Preparatória e Tática do Realengo; em 17 de março de 1903, concluiu o Curso Superior.
Entre novembro de 1905 e fevereiro de 1907, participou de um curso na Escola Militar do Realengo e da Escola de Guerra do Rio Grande do Sul, saindo como aspirante. Em 1908, por ter participado de um curso na Escola de Artilharia e Engenharia, foi promovido ao posto de segundo-tenente.
Em 1914, atuou como delegado de Xapuri, na Empresa do Acre Regional até outubro daquele ano.
Em 1917, foi promovido a primeiro-tenente. Depois, participou de um curso na Escola de Aperfeiçoamento de Oficial, a fim de qualificar-se como Instrutor do 5 º Batalhão do 2 º Regimento de Infantaria, na Vila Militar.
De 17 de abril de 1923 a 16 de julho de 1924, em Santa Maria (RS) participou da organização do Grupo "Esquadrilha de Aviação" (Flotilha de Aviação);
Em 1926, Newton Braga foi convidado pelo empresário de São Paulo João Ribeiro de Barros para participar do voo da Itália para o Brasil, como navegador do hidroavião Jahú (grafia mantida até hoje em citações).
A travessia triunfante do Atlântico no hidroavião Jahú foi concluída. Esse voo teve como membros da tripulação, além dos próprios Newton Braga e João Ribeiro de Barros, também João Negrão e Vasco Cinquini.
Após o feito, retornou às atividades na Escola de Aviação Militar.
Em 1928, foi promovido a major. No ano seguinte, concluiu o curso de Aperfeiçoamento de Aviação Militar; e em 1930, depois de concluído o curso, foi promovido, no dia 10 de abril, ao posto de tenente-coronel e nomeado chefe da Divisão da Diretoria de Aviação, que posição ele deixou, a fim de participar do curso de Revisão da Escola de Estado Maior.
Em 1931, foi promovido a coronel "full" (como chamam na linguagem militar), partiu para a Europa, em resposta a um convite feito pelo governo italiano.
Retornando ao Brasil, foi nomeado comandante do 1º Regimento de Aviação, posição em que se manteve até 1935.
Em 1938, alcançou o posto de general-de-brigada, e depois de uma carreira militar notável, entrou para a reserva no mesmo ano.
Em 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, foi transferido para o Grupo dos Oficiais da Reserva de Aviadores, com a patente de brigadeiro-do-ar.
Newton Braga não era só um especialista em assuntos de aviação, mas também de uma vasta cultura geral, falando, além de português, alemão, italiano, francês, inglês e espanhol fluentemente.
Faleceu em 16 de agosto de 1959, aos 77 anos, vítima de enfisema e totalmente cego. Está sepultado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Adaptado de http://earlyaviators.com/ebraga.htm (tradução nossa)
Foto: Newton Braga em 1927, publicada em http://earlyaviators.com/ebraga.htm, do site de João Ribeiro de Barros (http://www.promotur.com/jrb/eng/index.htm), cortesia de Alex Pinheiro Machado Rodrigues



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