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Joaquim Marques Lisboa, o almirante Tamandaré (Rio Grande, 13 de dezembro de 1807 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1897), foi um militar da Marinha do Brasil. Na carreira, atingiu o posto de almirante, tendo os seus serviços à pátria sido reconhecidos pelo Império com a concessão do título de marquês de Tamandaré. Herói nacional, é o patrono da Marinha de Guerra do Brasil. O dia de seu nascimento, 13 de dezembro, é lembrado como o Dia do Marinheiro.
Participou nas lutas da guerra da Independência do Brasil, na Bahia, da Confederação do Equador e da repressão às revoltas ocorridas durante o Período Regencial: Cabanagem, Sabinada, Farroupilha, Balaiada e Praieira.
No plano externo, participou da guerra contra Oribe e Rosas e, com a eclosão da Guerra do Paraguai, comandou as forças navais em operação na bacia do Rio da Prata, em apoio às batalha de Passo da Pátria, Curuzu e Curupaiti. Aos 13 anos, alistou-se como voluntário na Marinha, iniciando carreira como praticante de piloto na fragata Niterói, sob o comando de John Taylor. Nesse posto tomou parte em vários combates navais no litoral da Bahia, inclusive na perseguição à força naval portuguesa que se retirava em 1823.
Durante a Guerra da Cisplatina (1825-28), Tamandaré, como tenente, se destacou em muitos combates por liderança e coragem. Capturado com outros brasileiros, arrebatou ao inimigo o navio de guerra que os levava prisioneiros, assumindo o seu comando aos 18 anos. Aos 20, no comando da escuna "Bela Maria", depois de travar combate de artilharia com um navio argentino e vencendo, demonstrou o seu espírito humanitário com o inimigo, o que lhe valeu o reconhecimento dos vencidos (1827). No mesmo ano foi capturado pelo navio argentino Patagonia.
Em 1840 já era capitão-de-fragata e, em 1847, mar-e-guerra.
Em 1852 foi promovido ao posto de chefe-de-divisão, correspondente a comodoro em outras Marinhas e, em 1854, a chefe-de-esquadra, correspondente contra-almirante.
Em 1857, durante uma permanência na Europa para acompanhar o tratamento de saúde da sua esposa, foi incumbido pelo governo imperial de fiscalizar a construção de duas canhoneiras na França e de oito outras na Grã-Bretanha. Eram navios de propulsão mista vela-vapor que significavam uma atualização necessária para que a Marinha brasileira continuasse a defender cabalmente os interesses do país. Esses navios atuaram na Guerra contra Aguirre e na do Paraguai. Nesta questão, que evoluiu para uma intervenção militar brasileira, antes da rendição de Montevidéu, o almirante liderou os combates em Salto e Paissandu, ocupando-as com tropas brasileiras.
Em 1864, já com o título de barão de Tamandaré, assumiu o cargo de Comandante-em-Chefe das operações navais brasileiras no Rio da Prata.
Durante a Guerra do Paraguai (1864-70), coube a Marques Lisboa o comando das forças navais no início do conflito em 1865/66. Estabeleceu o bloqueio naval e organizou o apoio logístico para a força em operação, fundamentais para o êxito. Na Batalha do Riachuelo (11/06/1865), Francisco Manoel Barroso da Silva, por ele designado para comandar as Divisões em operação no rio Paraná, obteve a vitória que mudou o curso da guerra em favor da Tríplice Aliança.
Comandou a operação militar do Passo da Pátria num bem-sucedido desembarque de tropas de grande envergadura e assim como o apoio naval na conquista das fortificações do Rio Paraguai, que impediam o avanço aliado.
Em 1866, por razões de saúde e políticas pediu o afastamento do cargo, sendo substituído pelo almirante Joaquim José Inácio, mais tarde visconde de Inhaúma.
Quando da Proclamação da República, em 15.11.1889, Tamandaré permaneceu fiel a Pedro II. Aos 82 anos e último dos grandes militares monarquistas ainda vivo, recusou-se a aceitar o fim da monarquia e permaneceu esperançoso da possibilidade de contragolpe. Permaneceu ao lado da família imperial até ao seu embarque definitivo para o exílio. Reformado em 1890, faleceu sete meses depois.
Fonte e foto: Wikipedia
Joaquim Marques Lisboa, o almirante Tamandaré (Rio Grande, 13 de dezembro de 1807 - Rio de Janeiro, 20 de março de 1897), foi um militar da Marinha do Brasil. Na carreira, atingiu o posto de almirante, tendo os seus serviços à pátria sido reconhecidos pelo Império com a concessão do título de marquês de Tamandaré. Herói nacional, é o patrono da Marinha de Guerra do Brasil. O dia de seu nascimento, 13 de dezembro, é lembrado como o Dia do Marinheiro.
Participou nas lutas da guerra da Independência do Brasil, na Bahia, da Confederação do Equador e da repressão às revoltas ocorridas durante o Período Regencial: Cabanagem, Sabinada, Farroupilha, Balaiada e Praieira.
No plano externo, participou da guerra contra Oribe e Rosas e, com a eclosão da Guerra do Paraguai, comandou as forças navais em operação na bacia do Rio da Prata, em apoio às batalha de Passo da Pátria, Curuzu e Curupaiti. Aos 13 anos, alistou-se como voluntário na Marinha, iniciando carreira como praticante de piloto na fragata Niterói, sob o comando de John Taylor. Nesse posto tomou parte em vários combates navais no litoral da Bahia, inclusive na perseguição à força naval portuguesa que se retirava em 1823.
Durante a Guerra da Cisplatina (1825-28), Tamandaré, como tenente, se destacou em muitos combates por liderança e coragem. Capturado com outros brasileiros, arrebatou ao inimigo o navio de guerra que os levava prisioneiros, assumindo o seu comando aos 18 anos. Aos 20, no comando da escuna "Bela Maria", depois de travar combate de artilharia com um navio argentino e vencendo, demonstrou o seu espírito humanitário com o inimigo, o que lhe valeu o reconhecimento dos vencidos (1827). No mesmo ano foi capturado pelo navio argentino Patagonia.
Em 1840 já era capitão-de-fragata e, em 1847, mar-e-guerra.
Em 1852 foi promovido ao posto de chefe-de-divisão, correspondente a comodoro em outras Marinhas e, em 1854, a chefe-de-esquadra, correspondente contra-almirante.
Em 1857, durante uma permanência na Europa para acompanhar o tratamento de saúde da sua esposa, foi incumbido pelo governo imperial de fiscalizar a construção de duas canhoneiras na França e de oito outras na Grã-Bretanha. Eram navios de propulsão mista vela-vapor que significavam uma atualização necessária para que a Marinha brasileira continuasse a defender cabalmente os interesses do país. Esses navios atuaram na Guerra contra Aguirre e na do Paraguai. Nesta questão, que evoluiu para uma intervenção militar brasileira, antes da rendição de Montevidéu, o almirante liderou os combates em Salto e Paissandu, ocupando-as com tropas brasileiras.
Em 1864, já com o título de barão de Tamandaré, assumiu o cargo de Comandante-em-Chefe das operações navais brasileiras no Rio da Prata.
Durante a Guerra do Paraguai (1864-70), coube a Marques Lisboa o comando das forças navais no início do conflito em 1865/66. Estabeleceu o bloqueio naval e organizou o apoio logístico para a força em operação, fundamentais para o êxito. Na Batalha do Riachuelo (11/06/1865), Francisco Manoel Barroso da Silva, por ele designado para comandar as Divisões em operação no rio Paraná, obteve a vitória que mudou o curso da guerra em favor da Tríplice Aliança.
Comandou a operação militar do Passo da Pátria num bem-sucedido desembarque de tropas de grande envergadura e assim como o apoio naval na conquista das fortificações do Rio Paraguai, que impediam o avanço aliado.
Em 1866, por razões de saúde e políticas pediu o afastamento do cargo, sendo substituído pelo almirante Joaquim José Inácio, mais tarde visconde de Inhaúma.
Quando da Proclamação da República, em 15.11.1889, Tamandaré permaneceu fiel a Pedro II. Aos 82 anos e último dos grandes militares monarquistas ainda vivo, recusou-se a aceitar o fim da monarquia e permaneceu esperançoso da possibilidade de contragolpe. Permaneceu ao lado da família imperial até ao seu embarque definitivo para o exílio. Reformado em 1890, faleceu sete meses depois.
Fonte e foto: Wikipedia