Estrada Alfredo Rocha (Galeão) - CEP: 21941-580


De origem brasileira, o músico, escultor, pintor e escritor peruano Alfredo José María Rocha Zegarra nasceu em Sucre no dia 17 de setembro de 1917, filho de Diógenes Rocha e Estefanía Zegarra.
Em busca de trabalho, seus pais se mudaram para Celendín.
Costumava dizer sobre seus pais: "sou filho de artesãos, meu pai é exímio carpinteiro e minha mãe excepcional tecedora de chapéus."
Alfredo Rocha, como assinava, cursou o primário em uma escola local na província e seis anos depois estudou o Secundário no Colégio San Ramón.
Seus estudos superiores foram feitos na Universidade de Cusco, graduando-se em Ciências Matemáticas com o trabalho "Congruência Trigonométrica entre Eletromagnetismo e Mecânica".
Com permissão da Faculdade de Medicina da Universidade Nacional Maior de São Marcos, estudou dois anos no curso de Dissecção de Cadáveres Humanos.
Viveu 10 anos em Cusco, estudou idiomas, especializando-se em Inglês. Dedicou-se a ser guia turístico na cidade, além de ter sido tradutor latim, grego e francês.
Realizou estudos de Tauromaquia, na escola de Elías Chávez, chegando a vestir o traje de luzes em 11 praças de toros.
Foi professor de Matemática e Desenho no Colégio Guadalupe de Lima.
Em sua viagem pela Europa estudou teatro e trabalhou com cenografia com o conhecido ator e comediante espanhol, Santiago Ontañón.
Em 1952, conheceu o jornalista Manuel Jesús Orbegoso - membro da Academia da Língua do Peru, de quem veio a ser grande amigo.
Era conhecido no meio das artes como "O Loco Rocha"
Em 1956, estudou Economia Agrária, sem concluir. No ano seguinte, viaja a Montevidéu e na Universidade Nacional do país estuda Psicologia de Formas.
A pintura foi sua grande vocação e paixão, tendo sido autodidata. Pintou mais de 9 mil paisagens de todo o Peru, 400 delas só de Cusco.
Dentro e fora do Peru, realizou exposições de paisagens e caricaturas. Em 1968, apresentou uma exposição na Sala Cultural Ibero-americana da Espanha.
No Peru, organizou exposições ao ar livre em Cusco, Puno e Lima.
Rocha fez da docência um apostolado e no campo da educação fundou e dirigiu a Escola Normal Mista de Juliaca (em Puno), o Colégio Secundário de Chalán e o Colégio São José, no distrito de Sucre.
Como diretor-fundador e promotor do Colégio São José, fundado em 1964, onde esteve por somente um ano, desenvolveu um trabalho educativo exemplar que fez inveja a toda a província, colocando-se no centro educativo de Sucre a cabeça de todos os colégios de seu nível naquela época.
Nesse colégio, difundiu música clássica em saraus noturnos, promoveu arte e cultura entre os alunos, organizando, por aulas jornais-murais e oficinas de arte; deu aulas de música, cerâmica e entalhe em madeira.
Deu certa de 350 livros de sua valiosa biblioteca à instituição.
Em sua peregrinação pelos "pueblos" do Peru, escreveu alguns poemas; realizou fóruns com a exclusiva finalidade de ver a realidade de cada região. Visitou acampamentos de mineiros e dormiu em 32 comunidades indígenas; em sua vida de andarilho sempre levou consigo um caderno de apontamentos e seu inseparável acordeon.
Ocupo com êxito as tribunas das universidades de Trujillo, Cusco e Cajamarca, onde debatia com energia sobre as cosas e autoridades que não foram de seu agrado.
Em 1965, escreveu "El Cusco - Ensayo Historiográfico", "Dialéctica de la Quena" e outros escritos filosóficos.
De volta a Lima, se instala em Miramar, onde monta seu ateliê com vista para o mar.
No mês de setembro de 1972, realizou sua última Exposição de Aquarelas, no Instituto Peruano Norte Americano (IPNA).
Em 9 de outubro de 1972, à 1h da manhã, foi atropelado perto de casa por um caminhonete roubada. Faleceu às 6h da manhã no hospital Dois de Maio.

Fonte: http://sucremus.blogspot.com.br e http://celendinpm2.blogspot.com.br (tradução nossa)
Foto: http://celendinpm2.blogspot.com.br



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