Escritor e político brasileiro, Afonso (por vezes, grafado com FF) Cláudio de Freitas Rosa nasceu a 2.08.1859, no lugar Mangaraí, em Santa Leopoldina (ES), onde seu pai tinha uma extensa propriedade, herdada do avô, um dos primeiros a receber sesmaria naquela região. Aliás, as terras onde foi posteriormente fundada a Colônia de Santa Leopoldina foram doadas por sua família para instalação dos colonos.
Cursando as primeiras letras numa escola do próprio lugar, aos 11 anos de idade foi à Corte estudar na escola do latinista espírito-santense Manoel Ferreira das Neves, retornado em seguida para os estudos preparatórios no Atheneu Provincial, de Vitória.
Formado, abolicionista convicto e propagandista republicano desde ao menos 1883, quando da publicação do seu Manifesto Republicano, Afonso Cláudio foi o escolhido pelo marechal Deodoro da Fonseca para presidir o Estado do Espírito Santo (nomeado em 20 de novembro de 1889, exercendo o governo até 7 de janeiro de 1890), o que gerou um "racha" entre os líderes republicanos locais, principalmente os de Cachoeiro de Itapemirim. Esgotado pelas dificuldades de administração do grupo político, bem como dos problemas propriamente inerentes à condução dos negócios públicos, Afonso Cláudio retirou-se para o Rio de Janeiro, para tratamento de saúde, deixando o governo nas mãos de Constante Sodré, 10 meses após a nomeação.
Só retornou ao Espírito Santo para compor o Tribunal de Justiça, após a dissolução da primeira formação, o que se deu em 24 de dezembro de 1891, por não terem sido respeitados os direitos dos magistrados mais antigos. Compondo a Corte como advogado, foi designado por decreto o presidente do Tribunal assim renovado, função para a qual foi reeleito pelos seus pares por mais três vezes seguidas, denotando seu prestígio entre os demais desembargadores.
A partir de 1892, dedicou-se com afinco aos estudos na área jurídica, colaborando na revista "O Direito", do Rio de Janeiro, a convite de um de seus editores.
Posteriormente, de volta ao Espírito Santo de mais um período em disponibilidade, por motivos de saúde, período este em que pôs banca de Advocacia no Rio de Janeiro, Afonso Cláudio já fora um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, em 1916. Continuou em funções como desembargador do Tribunal de Justiça por todo o período do governo de Bernardino Monteiro, aposentando-se em 1920, quando se radicou definitivamente no Rio de Janeiro. Aí, dedicou-se integralmente ao estudo, principalmente do Direito, e ao magistério jurídico, sendo o fundador da Cátedra de Direito Romano na instituição de ensino que posteriormente viria a ser a Faculdade de Direito de Niterói, hoje integrada na Universidade Federal Fluminense.
Foi membro fundador da Academia Espírito-santense de Letras, sendo ocupante da primeira cadeira, que tem como patrono Marcelino Duarte.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 16 de junho de 1934.
Em sua homenagem, existe no Espírito Santo o município de Afonso Cláudio, localizado na latitude 20° 4'22.86"S e longitude 41° 7'11.05"O.
É o maior município da Região Serrana do Estado, tendo 21 bairros e 6 distritos. Além de ter a maior concentração urbana, é o maior polo industrial e econômico da região. É um município de clima tropical e a terceiro mais quente do estado, seguido de Cachoeiro de Itapemirim e Colatina, superando em dias de verão até mesmo a capital litorânea Vitória.
Antes do município de Brejetuba se desmembrar, Afonso Cláudio era o maior produtor de café do Brasil. Além disso, é um município de porte médio, já que é o maior polo industrial-economico-político-urbano serrano.
Afonso Cláudio já pertenceu a Cachoeiro de Itapemirim, Serra e a Santa Leopoldina. No dia 9 de janeiro de 1891 se emancipou deste último devido ao crescimento acelerado na época que o município passou.
Fonte: Wikipedia e http://gtneves.blogspot.com.br
Foto: http://gtneves.blogspot.com.br
Bandeira: Daniel Souza (Wikipedia)